Fósseis de um pangolim chinês moderno (acima) e do 'Ernanodon' (Foto: Peter Kondrashov/Divulgação)
No único fóssil do 'Ernanodon' disponível até hoje, faltavam muitas peças. Animal que viveu na região da Mongólia é parente do pangolim.
O fóssil de um mamífero que viveu 57 milhões de anos atrás pode ajudar a
explicar como ocorreu a evolução dos animais que passaram a dominar a
Terra após a morte dos dinossauros. O espécime foi encontrado na
Mongólia e analisado por uma equipe de especialistas russos.
Os dinossauros foram os principais animais na superfície do planeta até
cerca de 65 milhões de anos atrás, quando o impacto de um meteoro
contra a Terra levou à extinção deles. Isso deu espaço à ascensão dos
mamíferos, que ainda eram muito diferentes dos atuais.
O Ernanodon antelios é um desses animais. Em 1979, um fóssil
já havia sido encontrado na União Soviética, mas estava incompleto. A
descoberta mais recente trouxe peças que faltavam na montagem do
quebra-cabeça.
O animal tinha patas fortes e garras grandes ideais para cavar buracos.
As escavações podem ter servido na busca por alimentos, por abrigo, ou
mesmo pelas duas coisas.
O atual estudo, publicado pelo “Journal of Vertebrate Paleontology”,
concluiu que esse animal está na base da evolução que levou à família
dos pangolins – um animal nativo da Ásia e da África que tem o corpo
coberto por escamas e se alimenta de insetos.
Outra corrente dizia que ele seria mais próximo dos tatus e dos
tamanduás, mas os novos dados desmentiram a hipótese. A melhor
compreensão das características e dos hábitos desses mamíferos pode dar
dicas de como a evolução dos mamíferos levou aos animais que existem
hoje em dia.
“Poucos outros mamíferos fósseis apresentavam tanta controvérsia no mundo científico quanto o Ernanodon,
e estamos contentes que o novo esqueleto nos tenha ajudado a
resolvê-la”, afirmou Peter Kondrashov, da Universidade AT Still, nos
Estados Unidos.
Fonte: G1
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