terça-feira, 18 de setembro de 2012

Fóssil de baleia é encontrado em Iguape



Estudantes lidam com ossada achada após uma casa desmoronar na praia do Leste por conta de erosão


Enterrados na areia, sob os escombros de uma casa que desmoronou com a erosão da praia, foram encontrados por pesquisadores da Unesp de São Vicente fósseis de uma baleia-azul que pode ter passado pela região de Iguape (litoral sul de SP) há pelo menos 6 mil anos.


Os ossos - partes do crânio, da escápula e de costelas - foram encontrados por um morador, que alertou o Laboratório de Estratigrafia e Paleontologia da universidade. 


Segundo o paleontólogo Francisco Buchmann, provavelmente a baleia encalhou numa antiga praia, quando o nível do mar era muito mais alto que o atual, e acabou soterrada.


O afloramento agora foi possível por causa de um movimento cíclico de variação da linha da costa devido à erosão que ocorre na área da Praia do Leste. Em média a cada 50 anos, explica Buchmann, a praia regride cerca de 1 quilômetro e depois volta. 


O local está passando bem agora por esse processo. Análise de imagens de satélite do Google Earth aponta que entre 2001 e 2010 cerca de 700 metros da praia já foram erodidos pela ação do mar.


As atividades de resgate daqueles fósseis foram feitas ao longo de apenas dez dias. No dia 22 de agosto, Buchmann fez a primeira expedição de reconhecimento do local e uma escavação inicial, quando notou que os ossos estavam cobertos de toras de madeira. 


Convocou então seus alunos do curso de Biologia Marinha e Gerenciamento Costeiro para ajudá-los a escavar. O que foi feito em duas etapas.


"Era preciso ser rápido, para aproveitar a maré baixa. Tínhamos poucas horas antes que a água subisse. Quando o crânio estava enterrado, ele estava seguro. Mas se o mar arrebentasse em cima dele quando o erguêssemos, podia quebrar tudo", conta.


Enquanto parte da equipe usava pás e enxadas para construir uma barricada com sacos de areia para proteger os resquícios da ação das ondas, outra parte dos alunos escavava com as mãos para evitar danos aos ossos. 


Os menores foram retirados, mas ainda faltava o crânio. No momento em que a água começou a subir, um grupo de 25 pessoas conseguiu erguê-lo, deixando-o pendurado em um tripé, acima do alcance das ondas.


Segundo Buchmann, é bastante provável que se trate de uma baleia antiga e não um animal que eventualmente tenha sido caçado quando a prática era permitida no Brasil, no século 18, por causa do nível onde ela foi encontrada.

Ele explica que o nível do mar só foi alto daquele jeito pela última vez no Holoceno, há 6 mil anos. Antes disso, foi no Pleistoceno, há 120 mil anos.

De modo que ou o fóssil tem cerca de 6 mil anos ou cerca de 120 mil anos. A idade mais precisa do material será informada com datação por carbono 14 do crânio e do depósito sedimentar associado. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.



Fonte: Estadão
Enterrados na areia, sob os escombros de uma casa que desmoronou com a erosão da praia, foram encontrados por pesquisadores da Unesp de São Vicente fósseis de uma baleia-azul que pode ter passado pela região de Iguape (litoral sul de SP) há pelo menos 6 mil anos.
Os ossos - partes do crânio, da escápula e de costelas - foram encontrados por um morador, que alertou o Laboratório de Estratigrafia e Paleontologia da universidade. Segundo o paleontólogo Francisco Buchmann, provavelmente a baleia encalhou numa antiga praia, quando o nível do mar era muito mais alto que o atual, e acabou soterrada.
O afloramento agora foi possível por causa de um movimento cíclico de variação da linha da costa devido à erosão que ocorre na área da Praia do Leste. Em média a cada 50 anos, explica Buchmann, a praia regride cerca de 1 quilômetro e depois volta.
O local está passando bem agora por esse processo. Análise de imagens de satélite do Google Earth aponta que entre 2001 e 2010 cerca de 700 metros da praia já foram erodidos pela ação do mar.
As atividades de resgate daqueles fósseis foram feitas ao longo de apenas dez dias. No dia 22 de agosto, Buchmann fez a primeira expedição de reconhecimento do local e uma escavação inicial, quando notou que os ossos estavam cobertos de toras de madeira. Convocou então seus alunos do curso de Biologia Marinha e Gerenciamento Costeiro para ajudá-los a escavar. O que foi feito em duas etapas.
'Era preciso ser rápido, para aproveitar a maré baixa. Tínhamos poucas horas antes que a água subisse. Quando o crânio estava enterrado, ele estava seguro. Mas se o mar arrebentasse em cima dele quando o erguêssemos, podia quebrar tudo', conta.
Enquanto parte da equipe usava pás e enxadas para construir uma barricada com sacos de areia para proteger os resquícios da ação das ondas, outra parte dos alunos escavava com as mãos para evitar danos aos ossos. Os menores foram retirados, mas ainda faltava o crânio. No momento em que a água começou a subir, um grupo de 25 pessoas conseguiu erguê-lo, deixando-o pendurado em um tripé, acima do alcance das ondas.

Segundo Buchmann, é bastante provável que se trate de uma baleia antiga e não um animal que eventualmente tenha sido caçado quando a prática era permitida no Brasil, no século 18, por causa do nível onde ela foi encontrada. Ele explica que o nível do mar só foi alto daquele jeito pela última vez no Holoceno, há 6 mil anos. Antes disso, foi no Pleistoceno, há 120 mil anos. De modo que ou o fóssil tem cerca de 6 mil anos ou cerca de 120 mil anos. A idade mais precisa do material será informada com datação por carbono 14 do crânio e do depósito sedimentar associado. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
Enterrados na areia, sob os escombros de uma casa que desmoronou com a erosão da praia, foram encontrados por pesquisadores da Unesp de São Vicente fósseis de uma baleia-azul que pode ter passado pela região de Iguape (litoral sul de SP) há pelo menos 6 mil anos.
Os ossos - partes do crânio, da escápula e de costelas - foram encontrados por um morador, que alertou o Laboratório de Estratigrafia e Paleontologia da universidade. Segundo o paleontólogo Francisco Buchmann, provavelmente a baleia encalhou numa antiga praia, quando o nível do mar era muito mais alto que o atual, e acabou soterrada.
O afloramento agora foi possível por causa de um movimento cíclico de variação da linha da costa devido à erosão que ocorre na área da Praia do Leste. Em média a cada 50 anos, explica Buchmann, a praia regride cerca de 1 quilômetro e depois volta.
O local está passando bem agora por esse processo. Análise de imagens de satélite do Google Earth aponta que entre 2001 e 2010 cerca de 700 metros da praia já foram erodidos pela ação do mar.
As atividades de resgate daqueles fósseis foram feitas ao longo de apenas dez dias. No dia 22 de agosto, Buchmann fez a primeira expedição de reconhecimento do local e uma escavação inicial, quando notou que os ossos estavam cobertos de toras de madeira. Convocou então seus alunos do curso de Biologia Marinha e Gerenciamento Costeiro para ajudá-los a escavar. O que foi feito em duas etapas.
'Era preciso ser rápido, para aproveitar a maré baixa. Tínhamos poucas horas antes que a água subisse. Quando o crânio estava enterrado, ele estava seguro. Mas se o mar arrebentasse em cima dele quando o erguêssemos, podia quebrar tudo', conta.
Enquanto parte da equipe usava pás e enxadas para construir uma barricada com sacos de areia para proteger os resquícios da ação das ondas, outra parte dos alunos escavava com as mãos para evitar danos aos ossos. Os menores foram retirados, mas ainda faltava o crânio. No momento em que a água começou a subir, um grupo de 25 pessoas conseguiu erguê-lo, deixando-o pendurado em um tripé, acima do alcance das ondas.

Segundo Buchmann, é bastante provável que se trate de uma baleia antiga e não um animal que eventualmente tenha sido caçado quando a prática era permitida no Brasil, no século 18, por causa do nível onde ela foi encontrada. Ele explica que o nível do mar só foi alto daquele jeito pela última vez no Holoceno, há 6 mil anos. Antes disso, foi no Pleistoceno, há 120 mil anos. De modo que ou o fóssil tem cerca de 6 mil anos ou cerca de 120 mil anos. A idade mais precisa do material será informada com datação por carbono 14 do crânio e do depósito sedimentar associado. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
Enterrados na areia, sob os escombros de uma casa que desmoronou com a erosão da praia, foram encontrados por pesquisadores da Unesp de São Vicente fósseis de uma baleia-azul que pode ter passado pela região de Iguape (litoral sul de SP) há pelo menos 6 mil anos.
Os ossos - partes do crânio, da escápula e de costelas - foram encontrados por um morador, que alertou o Laboratório de Estratigrafia e Paleontologia da universidade. Segundo o paleontólogo Francisco Buchmann, provavelmente a baleia encalhou numa antiga praia, quando o nível do mar era muito mais alto que o atual, e acabou soterrada.
O afloramento agora foi possível por causa de um movimento cíclico de variação da linha da costa devido à erosão que ocorre na área da Praia do Leste. Em média a cada 50 anos, explica Buchmann, a praia regride cerca de 1 quilômetro e depois volta.
O local está passando bem agora por esse processo. Análise de imagens de satélite do Google Earth aponta que entre 2001 e 2010 cerca de 700 metros da praia já foram erodidos pela ação do mar.
As atividades de resgate daqueles fósseis foram feitas ao longo de apenas dez dias. No dia 22 de agosto, Buchmann fez a primeira expedição de reconhecimento do local e uma escavação inicial, quando notou que os ossos estavam cobertos de toras de madeira. Convocou então seus alunos do curso de Biologia Marinha e Gerenciamento Costeiro para ajudá-los a escavar. O que foi feito em duas etapas.
'Era preciso ser rápido, para aproveitar a maré baixa. Tínhamos poucas horas antes que a água subisse. Quando o crânio estava enterrado, ele estava seguro. Mas se o mar arrebentasse em cima dele quando o erguêssemos, podia quebrar tudo', conta.
Enquanto parte da equipe usava pás e enxadas para construir uma barricada com sacos de areia para proteger os resquícios da ação das ondas, outra parte dos alunos escavava com as mãos para evitar danos aos ossos. Os menores foram retirados, mas ainda faltava o crânio. No momento em que a água começou a subir, um grupo de 25 pessoas conseguiu erguê-lo, deixando-o pendurado em um tripé, acima do alcance das ondas.

Segundo Buchmann, é bastante provável que se trate de uma baleia antiga e não um animal que eventualmente tenha sido caçado quando a prática era permitida no Brasil, no século 18, por causa do nível onde ela foi encontrada. Ele explica que o nível do mar só foi alto daquele jeito pela última vez no Holoceno, há 6 mil anos. Antes disso, foi no Pleistoceno, há 120 mil anos. De modo que ou o fóssil tem cerca de 6 mil anos ou cerca de 120 mil anos. A idade mais precisa do material será informada com datação por carbono 14 do crânio e do depósito sedimentar associado. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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