Arqueólogo afirma que descoberta em caverna na Espanha serve como indício de que neandertais eram mais complexos do que se pensava.
A descoberta de uma rocha com a forma da cabeça de um urso datando
entre 30 mil e 40 mil anos demonstra que os Neandertais não eram "tão
rústicos" como se acreditava e que tinham um alto nível de cognição,
simbolismo e crenças, pois teriam usado o artefato em rituais
religiosos.
A rocha foi encontrada por uma equipe da Seção de Estudos Arqueológicos de Valencia (SEAV) na Caverna de Foradà, em Oliva, no sul da Espanha, descoberta em 1996.
O arqueólogo José Aparicio explicou que a peça foi localizada em cima de uma estalagmite da caverna, considerada "uma das mais importantes da Europa", pois registra atividade humana em um período muito longo. O início da ocupação do local data de 100 mil anos e vai até nove mil anos atrás.
A rocha foi encontrada por uma equipe da Seção de Estudos Arqueológicos de Valencia (SEAV) na Caverna de Foradà, em Oliva, no sul da Espanha, descoberta em 1996.
O arqueólogo José Aparicio explicou que a peça foi localizada em cima de uma estalagmite da caverna, considerada "uma das mais importantes da Europa", pois registra atividade humana em um período muito longo. O início da ocupação do local data de 100 mil anos e vai até nove mil anos atrás.
Aparicio disse que não há antecedentes da descoberta de uma pedra
como a encontrada. A rocha apresenta muitas incisões que não são produto
da erosão e que sugerem a forma do crânio de um urso. Os neardentais
cultuavam e respeitavam este animal.
"Supomos que utilizaram esta rocha para uma espécie de rito xamânico dentro da caverna", disse Aparicio, para quem a descoberta foi "muito importante" pois ilustra que os neardentais já tinham crenças e praticavam ritos.
"Supomos que utilizaram esta rocha para uma espécie de rito xamânico dentro da caverna", disse Aparicio, para quem a descoberta foi "muito importante" pois ilustra que os neardentais já tinham crenças e praticavam ritos.
"Pessoas que fabricam objetos úteis e armas eficientes, com sentido
estético e beleza, não podem ser animais, como se costuma dizer",
sustentou.
Além disso, a equipe de arqueólogos liderada pelo cientista acredita que os neardentais não foram extintos, como se pensa até hoje, mas evoluíram em direção aos homo sapiens, "nossos antepassados".
Além disso, a equipe de arqueólogos liderada pelo cientista acredita que os neardentais não foram extintos, como se pensa até hoje, mas evoluíram em direção aos homo sapiens, "nossos antepassados".
Fonte: IG
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