Duas sondas da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) produziram um mapa do campo de gravidade da Lua que a agência afirma ser o mais preciso já feito de um corpo celeste.
O novo mapa permite aos cientistas
explorar melhor a estrutura e a composição da Lua, além de dar pistas
sobre a formação de planetas rochosos no Universo.
As sondas Ebb e Flow, que orbitam o satélite natural da Terra desde
setembro de 2011, mediram, também, a densidade da crosta lunar e
descobriram que ela é menor do que os cientistas previam. Os resultados –
que fazem parte da missão Grail – foram publicados em três estudos na
prestigiada revista Science.
"Descobrimos que a espessura média da crosta da Lua fica entre 34
quilômetros e 43 quilômetros, o que é cerca de 10 quilômetros a 20
quilômetros mais fina do que se pensava", diz Mark Wieczorek,
pesquisador da missão.
"Com esta espessura, a composição da massa da Lua
é similar à da Terra – o que suporta a tese de que ela é derivada de
materiais expelidos pela Terra durante uma grande explosão que marcou o
início do Sistema Solar."
Segundo Maria Zuber, chefe da missão e pesquisadora do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), o campo de gravidade da Lua preserva o impacto do bombardeio de meteoritos e revela evidências de “fraturas” no seu interior que se estendem da crosta até, possivelmente, o manto.
Os dados obtidos pelas sondas revelaram, ainda, que algumas anomalias
na gravidade influenciam diretamente a topografia do satélite, formando
represas e até solidificando magma no seu subsolo.
"O que este
mapa nos mostra é que, mais do que qualquer outro corpo celeste
conhecido, a Lua usa seu campo de gravidade", explica Maria. "Quando
vemos uma mudança significativa no campo de gravidade, podemos
sincroniza-la com as alterações na superfície lunar, como crateras,
riachos e montanhas."
Fonte: UOL
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