quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Estudo do DNA dá cores à história

O general polonês Wladyslaw Sikorski; à direita, crânio preservado do militar (Foto: Divulgação/Universidade do Kansas/Universidade Jagielonian)



Método é capaz de revelar cores de olhos e cabelos de um indivíduo a partir de amostras de dentes de até 800 anos.



Uma nova técnica que permite determinar com precisão a cor de olhos e cabelos dos indivíduos a partir de amostras de DNA pode ser aplicada a restos humanos muito antigos, trazendo cores à pesquisa antropológica.



Uma equipe de cientistas poloneses e holandeses que recentemente desenvolveu o sistema HIrisPlex para análise médico-legal demonstrou que o mesmo método é capaz de revelar com sucesso as cores de olhos e cabelos de um indivíduo a partir de amostras de dentes de até 800 anos.


Restos do general polonês Wladyslaw Sikorski, morto em um acidente de avião em 1943 (Foto: Divulgação/Universidade Jagielonian)



O sistema identifica 24 variações genéticas que podem ser analisadas para se deduzir a cor dos cabelos e dos olhos de quem já morreu há centenas de anos.



"O método poderá ser utilizado para resolver polêmicas históricas" sobre características de indivíduos que viveram no passado, destacou o Dr. Wojciech Branicki, do departamento de medicina-legal da Universidade de Jagiellonian, em Cracóvia, que dirigiu o estudo em colaboração com o professor Manfred Kayser, da Universidade Erasmo de Rotterdam.



O HIrisPlex pôde confirmar, inclusive, que o general Wladyslaw Sikorski, primeiro-ministro do governo polonês no exílio e que morreu em um acidente aéreo em 1943, tinha olhos azuis e cabelos louros, como retratam os quadros pintados após sua morte. Não existem fotos coloridas do militar.



Também foi possível atribuir cabelos louros escuros e olhos castanhos à mulher desconhecida encontrada em uma cripta na abadia beneditina de Tyniec, na região de Cracóvia, entre os séculos XII e XIV.



Sobre amostras muito antigas e degradadas o sistema permite apenas prever a cor dos olhos. A pesquisa foi publicada na segunda-feira na revista Investigative Genetics.





Fonte: Band

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