sábado, 19 de janeiro de 2013

PR registra 41 casos de acidentes com abelhas e uma morte em 2013

Devido às altas temperaturas, os acidentes com as abelhas tendem a ser mais comuns. (Foto: Solange Malkoski /Sesa)
 
 
Secretaria Estadual da Saúde divulgou relatório na quinta-feira (17). Em 2012, foram registrados 432 casos apenas nos três meses de verão.
 
 
A Secretaria da Saúde (Sesa) divulgou na quinta-feira (17) o número de acidentes com abelhas registrados no Paraná em 2013. Devido às altas temperaturas, os acidentes com os insetos tendem a ser mais comuns. Até quinta-feira, foram registrados 41 casos e uma morte.


Na tarde de quarta-feira (16), um homem ficou em estado grave após ter sido picado por abelhas em Londrina, na região norte do estado. Ele não resistiu e morreu durante a noite no Hospital Universitário da cidade (HU). Segundo o Corpo de Bombeiros, a vítima levou mais de mil picadas.


No dia 9 de janeiro, uma mulher de 56 anos foi levada para o hospital após ser picada por abelhas na orla da praia de Matinhos, no litoral do Paraná. Ela foi medicada e não teve complicações.


Em 2012, foram registrados 432 casos apenas nos três meses de verão – janeiro, fevereiro e março. Durante o ano inteiro foram confirmadas 1.144 ocorrências. Ainda em 2012, quatro pessoas morreram por causa de picadas de abelha – três a mais do que o registrado por serpentes.


“A diferença do veneno da abelha é que não há nenhum tipo de soro para tratamento, como ocorre para cobras, aranhas e escorpiões. Por isso é importante que o paciente receba assistência o mais rápido possível”, disse a bióloga da Secretaria da Saúde, Giselia Rúbio.


De acordo com a bióloga especialista em abelhas, Solange Malkoski, o principal problema são as abelhas africanizadas que estão se alojando nos centros urbanos em busca de locais seguros para suas colônias.


“O ataque é um mecanismo de defesa do inseto, pois ajuda a proteger o restante da colmeia, afugentando possíveis predadores do raio de localização da colônia”, disse.


Os acidentes também podem acontecer no processo de migração da colônia, quando as abelhas se aglomeram em enxames para procurar outro local para fixar a colmeia.


Os locais mais comuns para a instalação de colmeias dentro das casas e quintais são os beirais de edificações, postes de iluminação pública, ocos de troncos de árvores, fendas em muros e paredes.


O quadro clínico – em um acidente com poucas picadas – pode variar de uma inflamação local até o choque anafilático. Em caso de múltiplas picadas, a vítima pode ter manifestação tóxica mais grave, podendo ser fatal.


A recomendação da Secretaria da Saúde, em caso de acidentes, é de que os ferrões sejam retirados imediatamente do corpo da pessoa porque eles injetam todo o veneno em poucos minutos. Se a vítima for alérgica, deve-se acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) ou procurar o serviço de saúde mais próximo.


Confira outras recomendações:


- Em caso de um ataque maciço, procure jogar-se na água ou correr em zig-zag entre a vegetação;


- Jamais tentar mexer com enxames de abelhas e vespas;


- Pessoas alérgicas devem evitar locais onde existam abelhas e não usar produtos que exalem odores intensos, como perfumes e xampus, pois podem atrair estes insetos;


- Quando a pessoa for realizar atividades no campo, utilizar calçados fechados, calças e camisas com mangas compridas;


- Ao encontrar um enxame migratório, saia do local imediatamente;


- Se for detectado algum enxame localizado em um beiral, árvore ou quintal, evite provocar barulho e procure um profissional especializado para retirar a colônia.




Fonte: G1

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