segunda-feira, 4 de março de 2013

Cidadãos romanos normais se alimentavam com "comida de passarinho", aponta estudo



Romanos da Antiguidade são conhecidos em obras de arte por suntuosos banquetes com frutas, vegetais, carnes, bolos e, claro, muito vinho. 


Contudo, um estudo indica que essa não era a regra geral e, para 98% dos romanos, os cidadãos normais, essa dieta era completamente diferente.


De acordo com um artigo publicado na edição deste mês do Journal of Anthropological Archaeology, os romanos menos favorecidos eram obrigados a se alimentar com uma semente, ou grão, que usualmente serve de alimento para animais, em especial pássaros. 


O grão em questão é o "milhete", que era desprezado pelos mais afortunados, já que este alimento era associado ao gado. O consumo desta semente também refletia o status social da pessoa, com os mais pobres do subúrbio comendo uma maior quantidade de milhete.


Estas conclusões vieram à tona após análises dos isótopos de carbono e nitrogênio dos ossos de esqueletos de "anônimos", encontrados em antigos cemitérios da cidade de Roma. 


Alguns isótopos de carbono podem informar quais são os tipos de plantas que foram consumidas pelas pessoas. Já os isótopos de nitrogênio podem apontar quais foram suas fontes de proteínas.


Foram examinados partes de ossos de 36 pessoas de dois cemitérios. Um, chamado Casal Bertone, é localizado fora dos muros da cidade. 


O outro, Castellaccio Europarco, é um pouco mais distante, em uma área mais suburbana. Os esqueletos datam do período imperial, ou seja, 1 d. C a 3 d. C, na época do auge do Império Romano.




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