quarta-feira, 27 de março de 2013

Megatempestade caótica e imprevisível em Vênus surpreende astrônomos



Uma megatempestade de longa duração na atmosfera do polo sul de Vênus provou ser um fenômeno mais caótico e imprevisível do que se pensava anteriormente. 


Esta é a conclusão de um novo estudo que analisou detalhadamente a atmosfera polar do planeta e que foi publicado no final da última semana na revista Nature Geoscience.


Com o uso do satélite Venus Express, da Agência Europeia Espacial, os astrônomos puderam observar o vórtice polar no sul de Vênus detalhadamente. 


O ciclone permanente tem uma altura de 20 quilômetros, mais de duas vezes a do Monte Everest, o pico mais alto do planeta Terra. 


Os cientistas mapearam dois centros distintos de rotação da tempestade, cada um a uma altitude diferente, que se moviam independentemente um do outro, sem um padrão específico. Isso está em contraste com vórtices polares em outros planetas, como a Terra, que são muito mais estáveis.


Vênus tem uma atmosfera densa, formada por dióxido de carbono, que cria uma pressão na superfície 90 vezes mais forte que a da Terra ao nível do mar, além de temperaturas superiores a 450 graus Celsius, quente o suficiente para derreter chumbo. 


Embora o planeta gire muito lentamente - um dia em Vênus dura 243 dias terrestres - a sua atmosfera viaja a velocidades de 360 km/h, girando em torno do planeta em apenas quatro dias da Terra. 


Um vórtice polar é uma gigantesca e persistente tempestade com ciclone que paira alto na atmosfera do planeta. 


Quase todo planeta ou lua com uma substancial atmosfera pode apresentar um fenômeno como esse, incluindo a Terra. 


Eles interagem com isso e influenciam os padrões climatológicos no longo prazo de uma atmosfera e, pelo menos em nosso planeta, são importantes para definir mudanças climáticas e a destruição do ozônio.




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