Uma megatempestade de longa duração na atmosfera do polo sul de Vênus
provou ser um fenômeno mais caótico e imprevisível do que se pensava
anteriormente.
Esta é a conclusão de um novo estudo que analisou
detalhadamente a atmosfera polar do planeta e que foi publicado no final
da última semana na revista Nature Geoscience.
Com o uso do
satélite Venus Express, da Agência Europeia Espacial, os astrônomos
puderam observar o vórtice polar no sul de Vênus detalhadamente.
O
ciclone permanente tem uma altura de 20 quilômetros, mais de duas vezes a
do Monte Everest, o pico mais alto do planeta Terra.
Os cientistas
mapearam dois centros distintos de rotação da tempestade, cada um a uma
altitude diferente, que se moviam independentemente um do outro, sem um
padrão específico. Isso está em contraste com vórtices polares em outros
planetas, como a Terra, que são muito mais estáveis.
Vênus tem
uma atmosfera densa, formada por dióxido de carbono, que cria uma
pressão na superfície 90 vezes mais forte que a da Terra ao nível do
mar, além de temperaturas superiores a 450 graus Celsius, quente o
suficiente para derreter chumbo.
Embora o planeta gire muito lentamente -
um dia em Vênus dura 243 dias terrestres - a sua atmosfera viaja a
velocidades de 360 km/h, girando em torno do planeta em apenas quatro
dias da Terra.
Um vórtice polar é uma gigantesca e persistente
tempestade com ciclone que paira alto na atmosfera do planeta.
Quase
todo planeta ou lua com uma substancial atmosfera pode apresentar um
fenômeno como esse, incluindo a Terra.
Eles interagem com isso e
influenciam os padrões climatológicos no longo prazo de uma atmosfera e,
pelo menos em nosso planeta, são importantes para definir mudanças
climáticas e a destruição do ozônio.
Fonte: The History Channel
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