Imagem de arquivo mostra a rã 'dando a luz' a filhote pela boca (Foto: Divulgação/Universidade de Adelaide)
Animal engolia ovos e incubava filhotes no estômago, diz estudo. Cientistas conseguiram reativar núcleo de células 'mortas' de rã extinta.
Cientistas do Projeto Lazarus estão trabalhando para "reviver" uma
espécie de rã australiana, extinta há cerca de 30 anos, utilizando
técnicas de clonagem.
Eles conseguiram implantar de forma bem-sucedida
núcleos retirados de células "mortas" do animal, que estavam congeladas
há anos, em células de um anfíbio de outra espécie aparentada.
A rã extinta, da espécie Rheobatrachus silus, era conhecida
por sua forma bizarra de cuidar dos filhotes: ela engolia os ovos,
incubava os filhotes no estômago e depois "dava a luz" a eles pela boca,
segundo os cientistas.
'Rheobatrachus silus', rã que ficou congelada por 40 anos (Foto: Divulgação/Bob Beale/Projeto Lazarus)
O animal foi considerado extinto em 1983. Os pesquisadores preservaram exemplares da rã congelados e conseguiram, com repetidos experimentos, transferir núcleos de células somáticas (já especializadas em algum tecido, como a pele) para células embrionárias de outra espécie de anfíbio: a Mixophyes fasciolatus, uma "parente distante", segundo os cientistas.
Divisão celular
Ao substituir o núcleo ativo das células da Mixophyes fasciolatus pelo núcleo "morto" da rã extinta, os cientistas conseguiram que ocorresse espontaneamente a divisão celular e que novas células surgissem. Os embriões, no entanto, morreram após alguns dias.
Apesar disso, testes genéticos confirmaram que as novas células obtidas continham material genético da rã extinta. "Nós estamos observando um 'ressuscitar dos mortos', passo a passo", disse o professor Mike Archer, da Universidade de New South Wales, em Sydney, na Austrália.
"Nós reativamos células mortas usando células vivas e 'revivemos' o genoma da rã extinta no processo. Agora nós temos células preservadas criogenicamente do animal extinto, para usar em futuros experimentos de clonagem", disse Archer.
"Estamos confiantes que os obstáculos agora são tecnológicos e não biológicos, e que vamos ser bem-sucedidos", analisou o pesquisador no estudo.
'Rheobatrachus silus', rã que ficou congelada por 40 anos (Foto: Divulgação/Bob Beale/Projeto Lazarus)
O animal foi considerado extinto em 1983. Os pesquisadores preservaram exemplares da rã congelados e conseguiram, com repetidos experimentos, transferir núcleos de células somáticas (já especializadas em algum tecido, como a pele) para células embrionárias de outra espécie de anfíbio: a Mixophyes fasciolatus, uma "parente distante", segundo os cientistas.
Divisão celular
Ao substituir o núcleo ativo das células da Mixophyes fasciolatus pelo núcleo "morto" da rã extinta, os cientistas conseguiram que ocorresse espontaneamente a divisão celular e que novas células surgissem. Os embriões, no entanto, morreram após alguns dias.
Apesar disso, testes genéticos confirmaram que as novas células obtidas continham material genético da rã extinta. "Nós estamos observando um 'ressuscitar dos mortos', passo a passo", disse o professor Mike Archer, da Universidade de New South Wales, em Sydney, na Austrália.
"Nós reativamos células mortas usando células vivas e 'revivemos' o genoma da rã extinta no processo. Agora nós temos células preservadas criogenicamente do animal extinto, para usar em futuros experimentos de clonagem", disse Archer.
"Estamos confiantes que os obstáculos agora são tecnológicos e não biológicos, e que vamos ser bem-sucedidos", analisou o pesquisador no estudo.
Fonte: G1
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