Antes pensado ser raro, DNA encontrado em xale de suposta vítima tem correspondência em 99% dos europeus.
No mês passado, o mundo tinha conhecido a provável identidade de Jack, O
Estripador. Através de exames minuciosos de DNA feitos a partir de um
xale encontrado junto com uma das cinco vítimas, cientistas chegaram a
conclusão de que o assassino mais famoso do mundo era Aaron Kosminski,
um barbeiro polonês de 23 anos.
Mas agora o mistério volta à tona após
outros especialistas alegarem terem encontrado um "erro de nomenclatura"
na metodologia do estudo de DNA.
O livro “Identificando Jack, O Estripador”, publicado em setembro,
defendia que Kosminski era "definitivamente, categórica e absolutamente"
o homem que realizou as atrocidades em 1888.
O polonês chegou a Londres após fugir da perseguição a judeus em sua terra natal. No entanto, o cientista que realizou a análise, Jari Louhelainen, aparentemente cometeu um erro fundamental que mina fatalmente sua hipótese.
O suposto erro, notado pela primeira vez por um blog da Austrália, foi ratificado por quatro especialistas com profundo conhecimento da análise de DNA, incluindo o professor Alec Jeffreys, o inventor da impressão digital genética.
Eles apontam que Louhelainen não pode fazer uma conexão direta e precisa entre Kosminski e o DNA da vítima encontrado no xale, identificada como Catherine Eddowes.
Os autores do livro que alega ter identificado Jack compraram o xale em um leilão em 2007 e, desde então, submeteram a vestimenta a testes de laboratório.
Louhelainen conseguiu extrair sete fragmentos incompletos de DNA mitocondrial (mtDNA), e tentou corresponder às suas sequências com os códigos de uma descendente viva de Eddowes, chamada Karen Miller.
A chave para a correspondência entre as duas pessoas seriam uma alteração genética raríssima encontrada no DNA da vítima, conhecida como mutação privada global (314.1C). A mesma mutação também estaria no sangue de Miller, levando o cientista então a fazer uma correlação direta entre as duas e apontar Kosminski como o famoso Jack.
Louhelainen cometeu um "erro de nomenclatura", porque a mutação em questão deve ser escrita como "315.1C" e não "314.1C". Tivesse feito isso, Louhelainen chegaria à conclusão mutação não seria tão rara quanto se pensava, sendo compartilhada por mais de 99% das pessoas de ascendência europeia. E a correspondência poderia ser feita entre Eddowes e qualquer pessoa que tenha manuseado o xale ao longo dos anos.
Portanto, qualquer sugestão que Jack e Kosminski são a mesma pessoa parece ser baseada em conjecturas e suposições, como tem sido desde que a polícia pela primeira vez havia identificado Kosminksi como um possível suspeito mais de um século atrás.
A editora do livro informou que está investigando o suposto erro. No entanto, a empresa afirmou que “a conclusão de que Aaron Kosminski era Jack, O Estripador, depende de muito mais do que este fato".
Fonte: O Globo
O polonês chegou a Londres após fugir da perseguição a judeus em sua terra natal. No entanto, o cientista que realizou a análise, Jari Louhelainen, aparentemente cometeu um erro fundamental que mina fatalmente sua hipótese.
O suposto erro, notado pela primeira vez por um blog da Austrália, foi ratificado por quatro especialistas com profundo conhecimento da análise de DNA, incluindo o professor Alec Jeffreys, o inventor da impressão digital genética.
Eles apontam que Louhelainen não pode fazer uma conexão direta e precisa entre Kosminski e o DNA da vítima encontrado no xale, identificada como Catherine Eddowes.
Os autores do livro que alega ter identificado Jack compraram o xale em um leilão em 2007 e, desde então, submeteram a vestimenta a testes de laboratório.
Louhelainen conseguiu extrair sete fragmentos incompletos de DNA mitocondrial (mtDNA), e tentou corresponder às suas sequências com os códigos de uma descendente viva de Eddowes, chamada Karen Miller.
A chave para a correspondência entre as duas pessoas seriam uma alteração genética raríssima encontrada no DNA da vítima, conhecida como mutação privada global (314.1C). A mesma mutação também estaria no sangue de Miller, levando o cientista então a fazer uma correlação direta entre as duas e apontar Kosminski como o famoso Jack.
Louhelainen cometeu um "erro de nomenclatura", porque a mutação em questão deve ser escrita como "315.1C" e não "314.1C". Tivesse feito isso, Louhelainen chegaria à conclusão mutação não seria tão rara quanto se pensava, sendo compartilhada por mais de 99% das pessoas de ascendência europeia. E a correspondência poderia ser feita entre Eddowes e qualquer pessoa que tenha manuseado o xale ao longo dos anos.
Portanto, qualquer sugestão que Jack e Kosminski são a mesma pessoa parece ser baseada em conjecturas e suposições, como tem sido desde que a polícia pela primeira vez havia identificado Kosminksi como um possível suspeito mais de um século atrás.
A editora do livro informou que está investigando o suposto erro. No entanto, a empresa afirmou que “a conclusão de que Aaron Kosminski era Jack, O Estripador, depende de muito mais do que este fato".
Fonte: O Globo
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