terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Ciência investiga a fundo primeiros habitantes de terras brasileiras


 
 
Crânios de humanos que viveram há mais de dez mil anos em terras do estado de Minas Gerais estão passando por exames minuciosos.
 
 
Crânios de humanos que viveram há mais de dez mil anos em terras do estado de Minas Gerais estão passando por exames minuciosos. O estudo pode ajudar a identificar hábitos desses moradores pré-históricos.


Os fósseis foram encontrados em um dos locais mais importantes para o estudo da arqueologia, a região de Lagoa Santa, pertinho de Belo Horizonte.


Pesquisadores da USP, a Universidade de São Paulo, foram a Minas Gerais atrás de pistas. Quarenta crânios estão sendo investigados, entre eles o do chamado Homem de Confins, que viveu há cerca de dez mil anos, e que pode ser um dos primeiros habitantes das Américas.


“Nós temos muitos sítios arqueológicos que podem trazer informações valiosas, nesse sentido de se saber melhor como viveram essas populações no passado aqui”, afirma a museóloga da UFMG Cláudia Cristina Cardoso.


Muitas respostas que a ciência persegue há décadas podem surgir em um ambiente de laboratório de diagnóstico de imagem. É a primeira vez que essas preciosidades pré-históricas estão se encontrando com a tecnologia de última geração.


Os exames de tomografia computadorizada transformam os fósseis em modelos em três dimensões. Assim, eles vão ficar disponíveis para pesquisadores de qualquer parte do mundo.


A esperança é que a partir de dados como tamanho e a formação dos ossos, seja possível apontar com precisão quem eram e como viviam - e se são, realmente, os mais antigos ancestrais do povo brasileiro.


“Juntando diversas informações, tipo de altura, padrão de saúde, saúde bucal, morfologia craniana, aí, claro, com outros indicadores do registro arqueológico, os ossos dos animais que eles comiam, as ferramentas de pedra que eles usavam, a gente coloca isso tudo junto e consegue tentar recontar como viviam os primeiros brasileiros”, explica André Strauss, arqueólogo da USP.





Fonte: G1

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