Encontrado em uma caverna australiana, em Bitesantennary, no sítio
arqueológico de Rivesleigh, o esperma mais antigo do mundo tem nada
menos do que 17 milhões de anos e é maior que seu próprio dono, um
pequeno crustáceo de água doce.
Os fósseis, remanescentes do Miocena,
foram achados por pesquisadores da Universidade de Nova Gales do Sul,
que ficaram surpresos ao descobrir, debaixo de suas carapaças, células
de esperma com núcleos de espermatozoides em excelente estado de
conservação.
O artigo publicado pela revista Proceedings of the Royal Society
afirma se tratar do esperma fossilizado mais antigo encontrado em
registros geológicos.
Depois da estranha descoberta, os estudos de
laboratório mostraram que os fósseis continham órgãos sexuais em bom
estado de conservação. Ali estavam, quase intactas, as células de
esperma gigante, e, dentro delas, o núcleo que, em algum momento,
abrigou os cromossomos e o DNA dos animais.
Sua capacidade extraordinária de conservação pode estar relacionada
ao fato desses ostracodes terem vivido nas águas da caverna, que eram
alvo contínuo de dejetos de milhares de morcegos: a chuva de fezes
desses animais pode ter aumentado os níveis de fósforo da água e
contribuído para o processo de mineralização dos tecidos moles. Ou seja:
o excremento de morcegos pode ter sido o componente fundamental para
que um espermatozoide de 17 milhões de anos atrás chegasse à nossa
época, intacto.
Fonte: History
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