sexta-feira, 17 de julho de 2015

A ‘conquista’ de Plutão inicia uma nova era na exploração espacial

 Imagem de Plutão tirada a 766.000 quilômetros de distância. / NASA


A sonda espacial New Horizons já chegou ao seu ponto de proximidade máxima com Plutão, a cerca de 12.500 quilômetros da superfície do planeta. 


O acontecimento histórico ocorreu às 8h50 (horário de Brasília) desta terça-feira e foi festejado com gritos e aplausos no Laboratório de Física Aplicada Johns Hopkins, em Maryland (EUA), o lugar a partir do qual a NASA controla a missão.


“Completamos o reconhecimento inicial do Sistema Solar”, disse Alan Stern, pesquisador principal da New Horizons. Mas o público amplo que acompanhava o evento histórico em Maryland estava fazendo uma representação. 


Dada a distância entre Plutão e a Terra, os sinais que a sonda poderia estar transmitindo nesse momento levariam mais de quatro horas para chegar, viajando à velocidade da luz. De fato, como reconheceu o próprio Stern, será preciso esperar até as 22h (horário de Brasília) para saber como tudo transcorreu.


Para que a defasagem de horário não diluísse o momento épico real da missão, a NASA jogou com os horários e com a informação que ia liberando. 


Faltando poucos minutos para o encontro entre a nave e Plutão, a agência espacial norte-americana publicou a melhor foto que se tem até agora do planeta anão. Plutão mostra seu coração – visível ao sul do planeta – aos habitantes da Terra antes de receber uma sonda que viajou mais de nove anos para chegar até ele.


A imagem de alta resolução tinha sido feita 16 horas antes, por volta das 17h de segunda-feira em Brasília, a uma distância de 766.000 quilômetros da superfície de Plutão. As primeiras imagens do encontro que aconteceu na manhã desta terça-feira começaram a ser difundidas a conta-gotas à noite.


Plutão é o maior



Os responsáveis pela New Horizons determinaram que Plutão tem diâmetro de 2.370 quilômetros, um pouco maior do que o apontado por estimativas anteriores. Esse resultado desfaz as dúvidas que havia sobre qual é o maior objeto além da órbita de Plutão, na região conhecida como Cinturão de Kuiper, ocupada por pequenas rochas geladas. Pensava-se até hoje que Eris, outro planeta anão com mais massa era maior.




Fonte: El País

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