sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Pesquisadores encontram novas espécies de vermes brilhantes


Um grupo de vermes brilhantes foi encontrado habitando nas profundezas do oceano, alguns dos quais liberam pequenas "bombas" para afastar os predadores. Os pesquisadores descreveram os bizarros "vermes Swima" na revista Science.



As criaturas, que os cientistas dizem que podem estar espalhadas no fundo do mar, indicam o grau de biodiversidade ainda a ser descoberto nos oceanos.



A equipe encontrou as novas espécies quando explorava as águas um pouco acima do leito do mar ao largo da costa oeste dos E.U.A.

A autora Karen Osborn, da Universidade da Califórnia em San Diego, disse à BBC que ela e seus colegas encontraram os vermes, acidentalmente, quando exploravam o oceano profundo com veículos submersíveis operados remotamente.



" Nos deparamos com eles e pensei que eram muito interessantes, em primeiro lugar por causa de sua bioluminescência", disse ela.

"Quando os trouxeram para cima percebemos que eram diferentes de tudo o que havia sido descrito antes, ficou ainda mais interessante."

A Drª Osborn e seus colegas estavam explorando profundidades de até 3.700 m quando avistaram as criaturas.

Como eles continuaram a trazer mais desses vermes para o laboratório, eles perceberam que haviam encontrado um grupo de animais desconhecidos.



Cada uma das sete espécies encontradas até agora é transparente, com exceção dos intestinos, e todas os vermes produzem uma bioluminescência colorida.

Os pesquisadores estão investigando agora quais substâncias químicas os animais produzem para obter o seu brilho impressionante. Os animais também são excelentes nadadores - usando suas longas cerdas como remos.

Cinco das espécies lançam bombas incandescentes, que provavelmente servem para distrair os predadores, enquanto o verme escapa. A equipe batizou a primeira dessas espécies de Swima bombiviridis .



"Eles normalmente têm cerca de oito bombas, e eles soltam uma ou duas de cada vez", explicou Osborn.

Devido ao minúsculo tamanho das bombas - aproximadamente 1-2mm de diâmetro - e as luzes brilhantes usadas pelos veículos submersíveis, a equipe foi incapaz de capturar este bombardeio em filme no fundo do oceano.



"Então, nós capturamos os animais, para estudá-los", disse a Drª Osborn. "Se você transferir os animais para um pequeno tanque, e incomoda-los um pouco com uma pinça - tocando em qualquer parte do corpo - eles lançarão uma destas bombas. "Assim que [a bomba] é liberada ela fica verde incandescente e o animal nada para longe."



Greg Rouse, um outro membro da equipe de pesquisa, explicou que um ancestral comum da espécie tinha brânquias, das quais as bombas poderiam ter evoluído, que pareciam ser "exatamente nos mesmos lugares das bombas".



"As brânquias (de seus parentes) podem cair muito facilmente, então há uma similaridade de serem destacáveis, mas por alguma razão, as guelras se transformaram, para se tornar essas pequenas esferas brilhantes destacáveis".

A Drª Osborn concluiu: "Esse grupo de animais realmente é fantástico, e mostra o quanto temos que aprender sobre os organismos de águas profundas e a biodiversidade das águas profundas".


Fonte: BBC

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