quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Biólogo descarta que esqueleto de animal no interior de SP seja um fóssil




Segundo especialista, trata-se de um mamífero roedor. Pesquisador acredita ser um ratão-do-banhado.

O esqueleto de um animal encontrado no interior de São Paulo é de um mamífero roedor, segundo o biólogo e paleontólogo Carlos Eduardo Maia de Oliveira, da Fundação Educacional de Fernandópolis (FEF).

O esqueleto estava no meio de uma plantação de cana-de-açúcar em Santa Izabel do Marinheiro, distrito do município de Pedranópolis, a 547 quilômetros de São Paulo.

De acordo com o especialista, que analisou o esqueleto de aproximadamente um metro de comprimento, provavelmente se trata de um ratão-do-banhado, que é um animal presente no Paraguai, Argentina, Uruguai, Região Sul do país e, em menor número, na região Sudeste até o Estado de São Paulo.

Há ainda uma possibilidade menor de ser um ouriço-cacheiro, mas o pesquisador só poderá saber ao certo após fazer uma anatomia comparada do esqueleto do animal.

“É certeza absoluta que é um mamífero roedor. Ele tem sete vértebras cervicais [no pescoço] como todo mamífero seja ele, um rato, um elefante ou um ser humano”, afirmou o professor. Outra certeza do pesquisador é de que o animal foi queimado e não se trata de um fóssil.

Oliveira acredita que o animal deve ter sido vítima da queimada da cana feita no sábado (4). “Ele deve ter sido queimado repentinamente e os ligamentos e os tendões secaram rapidamente, evitando a decomposição”, explicou o professor.

“É como se você pegasse um animal, colocasse fogo e logo apagasse. A chama não ficou consumindo o corpo dele”, acrescentou.

O esqueleto tem marcas de queimaduras e resquícios de pêlos, segundo o professor. Um fóssil é facilmente identificado por pesquisadores, de acordo com Oliveira, porque são encontrados em rochas sedimentares e o esqueleto foi encontrado na superfície, sobre o solo.

“Um osso fossilizado é semelhante a uma pedra, pois há transferência de minerais da rocha para osso”, diz o pesquisador. Oliveira disse ter enviado fotos do esqueleto para outros dois amigos paleontólogos, que concordaram com suas conclusões.


Habitat


O ratão-do-banhado possui esse nome por viver em regiões que contêm charcos e lagoas. Com a devastação do meio ambiente, está cada vez mais raro encontrar esse animal, diz Oliveira. Ele chama a atenção para o fato de as queimadas indiscriminadas da cana provocarem a morte de muitos animais silvestres.

O esqueleto tem sinal de que foi atacado por predadores, porque está sem a mandíbula e patas anteriores, além de apresentar algumas costelas quebradas.

O professor está conversando com o agricultor dono das terras onde foi encontrando o esqueleto para que ele seja doado para estudos na faculdade. A região de Fernandópolis é rica em fósseis. No local, já foram encontrados fósseis de dinossauros e crocodilos.


Fonte: G1


2 comentários:

Anônimo disse...

Hum, ta explicado, eu ja ouvi falarem desse animal la no Paraná, mas não cheguei a ver, he.

Tatiane Schreiner disse...

Ai esse biólogo ta ''boiando'' isso num é um rato de forma alguma ..nada haver ..Olha bem o formato do rato e do esqueleto ..num tem nada haver ..aff

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