quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Mãe é presa suspeita de matar o filho em ritual satânico em São Paulo

Uma encarregada de setor de 43 anos foi presa suspeita de matar o filho de 19 anos durante um ritual satânico no final da tarde de ontem no bairro do Jaguaré, zona oeste de São Paulo.

Ela foi presa por policiais militares que afirmam ter visto o rapaz ser esfaqueado. Ela deverá responder a processo por homicídio qualificado.


Maria Lúcia Rufino

Maria Lúcia Rufino, 43, foi flagrada pelos policiais militares no apartamento onde a família morava, na avenida Jaguaré.

O estudante Leonardo Macedo Gadducci, um de seus filhos, foi atingido pelos golpes no pescoço e no tórax. O jovem recebeu ao menos 15 facadas, segundo o boletim de ocorrência.

Os policiais foram acionados por vizinhos que perceberam atitudes de Maria Lúcia que consideraram estranhas.

Segundo depoimentos, ela convidava os vizinhos para orar e falava sobre demônios e assuntos satânicos.

Vizinhos a viram pisotear a Bíblia e, como ela aparentava estar emocionalmente abalada, acionaram socorro.

O boletim de ocorrência informa ainda que os vizinhos tentaram acalmá-la, sem sucesso. Testemunhas disseram que Maria Lúcia dizia que o filho deveria morrer por um "bem maior".

A Polícia Militar foi acionada e, quando chegou ao local, a porta do apartamento estava trancada. Eles tentaram chamar Maria Lúcia e acionaram a campainha, interfone e bateram na porta na tentativa de que fossem atendidos, sem sucesso.

Segundo relato dos policiais militares, um grito foi ouvido de dentro do apartamento. Com isso, eles resolveram arrombar a porta e encontraram a mulher com o filho no colo.

Ela desferia golpes de faca e só parou quando seis policiais militares a seguraram. Outros dois filhos estavam no local, mas não foram agredidos.

O rapaz foi socorrido e encaminhado para o Hospital Universitário da USP, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. A mãe foi encaminhada para o pronto-socorro do Hospital da Lapa.

Na casa foram apreendidas duas facas e três computadores que passarão por perícia. Informações obtidas a partir de uma análise preliminar dão conta que Maria Lúcia acessava páginas da internet que abordavam temas relativos a satanismo e sacrifícios e mantinha em sua rede de relacionamentos virtual contato com outras pessoas que também cultuam esses temas.


Fonte: Folha Online

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