A ave, que tinha cerca de 6 metros de envergadura, se alimentava principalmente de animais marinhos.
Uma equipe de paleontólogos descobriu os restos do crânio de uma ave gigante que viveu há cerca de 10 milhões de anos, numa região do Peru considerada um "cemitério" de animais pré-históricos, disse um pesquisador nesta sexta-feira, 27.
A ave, que tinha cerca de 6 metros de envergadura, se alimentava principalmente de animais marinhos e desapareceu há cerca de 2,5 milhões de anos devido à mudança climática no planeta, disse à Reuters o paleontólogo Mario Urbina.
"O crânio da ave, da família dos Pelagornitídeos, é o mais completo já achado no mundo. Seus restos fósseis são difíceis de encontrar", disse Urbina, que localizou os restos do animal no deserto de Ocucaje, em Ica, no sul do Peru.
"Este sítio é uma zona de sedimentos marinhos. (O fóssil) estava misturado com outros restos, como baleias, tubarões e tartarugas", acrescentou.
Uma das características mais peculiares dessa ave é que ela tem dentes, que nascem no bico do animal. O fóssil encontrado mede cerca de 40 centímetros e será exibido ao público a partir de sábado no Museu de História Natural do Peru.
"Os dentes serviam para segurar sua presa. Este era um animal que talvez só podia prender e comer a presa enquanto voava. Era muito difícil que decolasse do solo, para decolar necessitava de um despenhadeiro. Eram aves planadoras", comentou.
O animal, que vivia em um ambiente tropical, surgiu há cerca de 50 milhões de anos e se extinguiu quando a costa peruana começou a esfriar, segundo o estudioso.
Fonte: Estadão
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