sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Novos fósseis revelam um mundo cheio de crocodilos


Os Paleontólogos Paul Sereno da Universidade de Chicago (esquerda) e Hans Larsson da Universidade McGill


Os locais dos achados



Novos fósseis escavados no que hoje é o deserto do Saara revelam um mundo que há muito tempo já foi pantanoso dividido entre algumas espécies de crocodilos diferentes e talvez inteligentes, disseram pesquisadores nesta quinta-feira.

CrocPato

CrocJavali

CrocPanqueca


As novas espécies - identificadas por apelidos: CrocJavali, CrocRato, CrocCão, CrocPato e CrocPanqueca - podem ajudar a entender porque os crocodilianos foram e continuam sendo uma forma tão bem sucedida de vida.

Eles viveram durante o Cretáceo - 145 a 65 milhões de anos atrás - quando os continentes ainda estavam unidos e o mundo era mais quente e úmido que hoje.

"Ficamos surpresos por descobrir tantas espécies do mesmo tempo no mesmo lugar", disse o paleontólogo Hans Larsson, da Universidade McGill, de Montreal, que participou do estudo.

"Cada crocodilo aparentemente tinha dietas e comportamentos diferentes. Parece que eles dividiram o ecossistema, com cada espécie tirando proveito dele à sua própria maneira."

Com verba da National Geographic, Larsson e Paul Sereno, da Universidade de Chicago, estudaram mandíbulas, dentes e os poucos ossos disponíveis dos animais. Também fizeram tomografias computadorizadas para olhar dentro dos crânios.

Duas das espécies - o CrocCão e o CrocPato - tinham cérebros diferentes dos crocodilos modernos. "Eles podiam ter uma função cerebral ligeiramente mais sofisticada do que os crocodilos (atualmente) vivos, porque a caça ativa sobre a terra habitualmente exige mais poder cerebral do que simplesmente esperar que a presa apareça", disse Larsson em nota.

O CrocRato, uma nova espécie formalmente chamada de "Araripesuchus rattoides", foi encontrada no Marrocos e teria usado sua mandíbula inferior com dentes elevados para fuçar em busca de comida.

CrocRato


O CrocPanqueca, conhecido cientificamente como "Laganosuchus thaumastos," tinha 6 metros de comprimento e uma cabeça comprida e chata.



CrocPanqueca


O CrocPato representa novos fósseis achados no Níger de uma espécie previamente conhecida, chamada "Anatosuchus minor". Tinha um focinho largo e provavelmente se alimentava de larvas e sapos.

CrocPato


O mais feroz era o CrocJavali, também com 6 metros, mas que corria em pé e tinha uma mandíbula preparada para esmagar, com três pares de dentes cortantes.



CrocJavali



Alguns eram bípedes, com as pernas em baixo do corpo, em vez de serem rastejantes e terem as pernas ao lado do corpo.

"Seus talentos anfíbios do passado podem ser a chave para entender como eles floresceram na era dos dinossauros e afinal sobreviveram a ela," escreveu Sereno em um artigo para a National Geographic.



Fonte: Último Segundo/Daily Mail




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