O público carioca poderá conhecer um pouco mais da Antártica na exposição "Fósseis do Continente Gelado - O Museu Nacional na Antártica", que revela ao público o passado de uma região ainda pouco explorada. Será possível ver que no lugar de gelo, existiam florestas e ao invés de pingüins, répteis gigantes.
A exposição trás os resultados da primeira expedição realizada por pesquisadores do museu na Antártica, em 2006 e 2007, quando foram coletados mais de duas toneladas de material para estudo.
Entre os achados, vértebras e nadadeiras de um réptil marinho de 80 milhões de anos, que estarão expostos junto com sua réplica inédita em tamanho real. Com patrocínio do CNPQ e Faperj, a mostra fica aberta ao público até 30 de abril de 2010.
Em dezembro de 2006, a primeira expedição oficial de pesquisadores do Museu Nacional/UFRJ desembarcou na Antártica.
Foram cerca de dois meses e meio de trabalho até o regresso, em 7 de março de 2007. Ao todo foram coletadas mais de duas toneladas de rochas e fósseis, que demonstraram uma face do continente gelado bem diferente da que se conhece hoje em dia.
Quem está acostumado com imagens de uma Antártica coberta de gelo e com temperaturas abaixo de zero vai se surpreender com a diversidade de flora e fauna que existia há milhões de anos naquela região.
A réplica em tamanho real do busto de um Plesiossauro, com cerca de 3 metros, é um dos destaques da exposição.
Os plesiossauros viveram há cerca de 80 milhões de anos e se alimentavam de peixes e outros organismos marinhos e chegavam a medir 7 metros de comprimento.
Um tronco de árvore, extremamente preservado, com cerca de quatro metros e meio e com 80 milhões de anos revela que existiram florestas onde hoje resta uma camada de gelo de 2,7 km de espessura.
Também faz parte da exposição a réplica de um tubarão, fósseis de plantas e de outros organismos encontrados durante a expedição brasileira, além de algumas curiosidades como um mexilhão de 40 cm.
Fonte: O Globo
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