"Ardi", o esqueleto de hominídeo fêmea mais antigo já encontrado até hoje, com 4,4 milhões de anos, foi a descoberta científica mais importante de 2009, segundo definição dada pela revista "Science" na quinta-feira (17).
O fóssil lidera a lista dos dez maiores avanços científicos do ano, que também inclui a descoberta de água na Lua e o uso de folhas de átomos de carbono ultrafinas em aparelhos eletrônicos experimentais.
"Ardi", um Ardipithecus ramidus, foi objeto de 15 anos de estudo minucioso por antropólogos. O esqueleto, encontrado na Etiópia, deu início a uma nova etapa na pesquisa da evolução do homem, segundo os cientistas.
Sendo 1,2 milhão de anos mais velho que "Lucy", até então o fóssil de hominídeo mais antigo já encontrado, Ardi está ajudando a derrubar mitos populares sobre a relação direta entre o ser humano e os símios modernos.
A análise do crânio, dos dentes, da pélvis, das mãos, dos pés e de outros ossos de "Ardi" mostraram que os símios africanos evoluíram consideravelmente desde o momento em que compartilharam um ancestral comum com os humanos.
"[Ardi] muda a maneira de pensarmos sobre a evolução humana mais antiga", indicou Bruce Alberts, editor da "Science".
Fonte: Folha Online
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