segunda-feira, 26 de abril de 2010

Expedição na Amazônia quer capturar 100 mil insetos e encontrar novas espécies

Expedição realizada em 2008 encontrou nova espécie de mutuca na Amazônia. (Foto: Divulgação)


Grupo de pesquisadores navegará por 20 dias no Alto Rio Negro. Em 2009, a viagem não deu certo porque o barco naufragou.

Uma expedição formada por mais de 20 pesquisadores de todo o Brasil partirá, no dia 1º de junho, em busca de novas espécies de insetos na Amazônia brasileira.

Até 21 de junho, o projeto pretente recolher cerca de 100 mil amostras de insetos na selva, em uma aventura que vai percorrer as principais vias no Alto Rio Negro.

Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e coordenador da expedição, José Albertino Rafael não tem dúvidas de que novas espécies serão encontradas pelo caminho.

Segundo ele, existem cerca de 1 milhão de insetos conhecidos atualmente no mundo. "Uma estimativa sensata diz que pode haver mais de 5 milhões de espécies. E a Amazônia é muito rica em biodiversidade", diz ele.

Os cientistas seguirão pelo Rio Padauari, pelo Aracá e o Demini, que margeiam o Rio Negro, no Amazonas.

Apelidado de “Amazonas: diversidade de insetos ao longo de suas fronteiras”, o projeto deve terminar só em 2011, quando haverá a última expedição em busca de novas espécies, para analisar áreas próximas a São Gabriel da Cachoeira e até a fronteira com a Colômbia.

Para conseguir passar 20 dias na selva, o barco precisa estar preparado contra qualquer imprevisto.

Em junho do ano passado, por exemplo, a embarcação naufragou logo no início da viagem, que acabou fracassando.

"Fomos resgatados 24 horas depois, porque conseguimos fazer contato usando um telefone que operava por satélite", diz Rafael.

O grupo usará mais de 60 tipos de armadilha distintas para capturar as espécies, desde estruturas luminosas, usadas para chamar a atenção de insetos noturnos, até adesivos.

Só em 2008, mais de 20 novas espécies foram encontradas, muitas das quais devem ser apresentadas em breve em revistas científicas, após dois anos de análise e classificação.

Uma delas é uma nova espécie de mutuca, do gênero Chlorotabanus, encontrada na primeira expedição da equipe.


Fonte: globo.com


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