sexta-feira, 28 de maio de 2010

Moluscos são mais antigos do que se pensava, diz estudo


Os ancestrais de lulas e polvos modernos podem ter vivido há 500 milhões de anos, segundo um novo estudo publicado na revista "Nature".

A descoberta é baseada em um fóssil conhecido desde 1976, mas não classificado. O fóssil possui características ambíguas; para muitos cientistas, tratava-se de um ancestral da família dos camarões e lagostas.

Agora pesquisadores canadenses conseguiram classificar o animal, conhecido como Nectocaris pteryx, como sendo um molusco, grupo que inclui lulas e polvos.



O fóssil indica que o animal possuia dois tentáculos, olhos bem desenvolvidos com lentes internas e um nariz em forma de funil para propulsão, o que o coloca mais próximo do grupo dos moluscos.

A nova classificação foi possível por meio da comparação entre o fóssil original e 91 novos fósseis encontrados no depósito Burgess Shale, em uma montanha no Parque Nacional Yoho, no oeste do Canadá.

Burgess Shale é um dos mais famosos depósitos de fósseis do mundo. Os fósseis foram analisados pelo estudante de doutorado Martin Smith, primeiro autor do estudo.

A descoberta indica que os ancestrais de lulas e polvos são 30 milhões de anos mais antigos do que anteriormente estimado e sugere que, nesse curto espaço de tempo, houve uma rápida evolução no grupo dos moluscos.

Esse tipo de estudo é importante porque ajuda a entender como os grupos de animais modernos evoluíram e como a biodiversidade se originou no passado.


Fonte: Folha.com

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