segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Pássaros de espécies diferentes têm filhote no Pará

Família inusitada: à esquerda, o pai Ligeirinho, que foi ligeiro o suficiente para passar pela tela para se encontrar com a mãe Lola, ao meio, gerando o filhote recém-batizado de Bandeirinha, à direita. (Foto: Messias Costa/Museu Goeldi/Divulgação)



Museu Goeldi tem cruzamento entre ararinha-maracanã e ararajuba. Aves têm por hábito formar casais fiéis pela vida toda.

Um “caso de amor” entre duas aves de espécies diferentes teve um desdobramento inusitado no Museu Paraense Emílio Goeldi, importante centro de pesquisa sediado em Belém.

A ararinha-maracanã (Ara nobilis) conhecida como Ligeirinho conseguiu passar pela tela de seu viveiro e se juntou à ararajuba (Guaruba guarouba) Lola, que habitava o recinto vizinho.

Ameaçada de extinção, a ararajuba vive na floresta tropical e tem uma exuberante plumagem amarela com detalhes verdes, o que a faz ser considerada uma ave-símbolo do Brasil.

Os psitacídeos, família a que ambas espécies pertencem, têm por hábito formar casais fiéis pela vida inteira. Lola e Ligeirinho não só formaram um casal incomum, já que na natureza dificilmente se interessariam por aves de outras espécies, segundo avalia o veterinário do Museu Goeldi Messias Costa, como já tiveram um filhote.

“Pela características anatômicas (do filhote), podemos afirmar que se trata de um híbrido”, comenta Costa, que nunca viu um caso semelhante em sua carreira. “Será interessante fazer uma análise genética”, acrescenta.

Em seguida, o veterinário, ao ser questionado pela reportagem do Globo Amazônia sobre o nome do pássaro de apenas 2 meses, batiza: “Vai se chamar Bandeirinha”.


Fonte: Globo.com

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