terça-feira, 21 de setembro de 2010

Pesquisadores encontram 1,5 mil fósseis na Califórnia


Na imagem, fósseis encontrados na área perto de Riverside, Califórnia


A construção de uma nova subestação em um desfiladeiro árido no sudeste de Los Angeles, Estados Unidos, revelou um tesouro para os pesquisadores.

De acordo com os cientistas, no local foram localizados 1,5 mil fósseis com cerca de 1,4 milhões anos. A descoberta poderá preencher lacunas na história do Sul da Califórnia.

O local, bem preservado, contém fragmentos, incluindo um gato gigante, que foi antepassado dos tigres de dentes de sabre, preguiças, dois tipos de camelos e mais de 1,2 mil ossos de pequenos roedores.

Outras descobertas incluem uma nova espécie de veado, cavalo e, eventualmente, lhama, disseram pesquisadores vinculados ao projeto.

Segundo os pesquisadores, no local também foram encontrados sinais de vida vegetal. Os fósseis, que representam 35 espécies, já foram removidos e estarão em exibição no Centro de Ciências Western, a partir do próximo ano.

Os fósseis são aproximadamente 1 milhão de anos mais velhos do que aqueles encontrados na famosa La Brea Tar Pits, em Los Angeles, disse o microbiologista Rick Greenwood, diretor do Southern California Edison.

Segundo o paleontólogo do Museu de História Natural de San Diego, Tom Demere, o achado não pode ser diretamente comparado com o La Brea Tar Pits porque contêm as diferentes espécies e lança luz sobre diferentes épocas.

No entanto, a coleção poderia avançar a compreensão dos cientistas sobre da vida no Sul da Califórnia, cerca de 1,4 mi de anos atrás.

"Temos uma visão difusa de que este período representou em termos de evolução dos mamíferos", disse Demere.

"Uma descoberta como esta - quando todos os animais são encontrados em conjunto e em toda uma gama de tamanhos - poderia realmente ser uma contribuição importante."

Os fósseis foram encontrados em uma parte do vale do rio antigo, cerca de 85 km a sudeste de Los Angeles.

A região agora é árida, mas foi exuberante e diversa a cerca de um milhão de anos atrás, disse Philippe Lapin, arqueólogo.

Os paleontólogos que estudam a escavação acreditam que tantos esqueletos foram preservados porque o leito do lago lamacento pode ter prendido as espécies que vieram para beber água. Alguns animais morreram porque foram incapazes de se libertar.


Fonte: Terra

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