quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Dispositivo melhora exibição de hologramas



Pesquisadores aceleram capacidade de exibir imagens quase em tempo real.

Em mais um exemplo de ficção científica imitando a ciência, pesquisadores avançam em direção ao dispositivo de três dimensões de "telepresença" - tecnologia que a Princesa Léia usou para manter contato com Obi-Wan Kenobi em Star Wars.

Esses hologramas da vida real poderiam ser transmitidos ao vivo de um local para outro, permitindo videoconferências mais realistas ou mesmo uma telecirurgia.


Os pesquisadores demonstraram em 2008 a capacidade de escrever e reescrever hologramas em 3-D em um polímero fotorefrativo usando laser, mas isso demandou vários minutos para cada imagem.

No novo estudo, publicado no dia 4 de novembro da revista Nature, as imagens podem ser reescritas a cada 2 segundos.

Os pesquisadores consideram a melhoria de cerca de 100 vezes o suficiente para chamar seu sistema de "quase tempo real", mas um aumento de velocidade semelhante será necessário para que o holograma possa exibir um movimento contínuo.


"Podemos levar objetos de um local e mostrá-los em outro local em três dimensões", diz o coautor Nasser Peyghambarian da University of Arizona, em uma teleconferência para anunciar o avanço.

Ao contrário dos filmes em 3-D como Avatar, que são estereoscópicos (com duas perspectivas), os hologramas dos pesquisadores codificam até 16 diferentes pontos de vista de um objeto usando 16 câmeras dispostas em semicírculo.


Um laser escreve as informações em uma matriz de pixels holográficos, que transmitem profundidade tridimensional, mostrando diferentes faces do objeto, dependendo do ângulo do observador.

Atualmente, o sistema pode lidar com a cor, mas somente separadas em hologramas vermelhos, verdes e azuis.



O protótipo do sistema é pequeno, tem apenas 10 centímetros de largura. "Não acredito que você possa ver esses hologramas em seu quarto ou em sua casa e escritório em menos de 10 anos", observa Peyghambarian, acrescentando que a mudança do laboratório para produção de dispositivos parece viável. "Não penso que haja qualquer problema físico fundamental que nos impessa de chegar lá", concluiu.



Fonte: Scientific American

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