O osso pertence a um conjunto do famoso hominídeo Lucy, cuja espécie, o Australopithecus afarensis, vagou pelo leste da África, e seria a primeira evidência de como eles costumavam se deslocar por lá.
Arco do pé de Lucy serviria de alavanca e para absorver impacto, como os nossos pés
"Este quarto metatarso é o único conhecido do A. afarensis e é uma peça chave da evolução remota da forma única com que os humanos caminham", disse William Kimbel, coautor do estudo na Universidade do Estado do Arizona.
O arco do pé serviria como alavanca para sair do chão no início de uma caminhada e para absorver o impacto quando o pé volta a pisar, sugerindo que o pé de Lucy era parecido ao nosso.
Os símios têm pés mais planos, flexíveis e dedos grandes que lhes permitem se agarrar às árvores, atributos que não estão presentes no A. afarensis.
"Compreender que os arcos dos pés apareceram muito cedo na nossa evolução mostra que a estrutura única dos nossos pés é fundamental para a locomoção humana", disse a coautora do estudo, Carol Ward, da Universidade do Missouri.
Uma espécie mais velha, o Ardipithecus ramidus, da Etiópia, é o tipo mais remoto de homem moderno do qual os paleontólogos descobriram vestígios significativos de esqueleto.
Ele viveu 4,4 milhões de anos atrás, mas seus pés, mais semelhantes aos de um símio, indicam que caminhava ereto apenas parte do tempo.
Fonte: Folha.com
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