Investigadores acharam esculturas de barro com 3000 anos em Tebas.
A equipe de arqueólogos dirigida pelo egiptólogo José Manuel Galán, do Conselho Superior de Investigações Científicas de Espanha, acredita que as peças pertenciam a um sacerdote e tinham como finalidade ‘acompanhar’ o defunto para o mundo dos mortos.
Esta descoberta aconteceu durante a décima campanha do Projeto Djehuty que se está a desenvolver na necrópole Dra Abu el-Naga, na antiga cidade de Tebas, margem ocidental do Nilo.
As escavações têm como objectivo explorar a área onde se encontram os túmulos de Djehuty e Hery, dois altos dignatários da corte egípcia entre os anos 1500 e 1450 a.C.
Os shauabti são estatuetas funerárias e representam o defunto mumificado. São representadas com duas enxadas para lavrar e um pequeno saco de sementes.
Algumas distinguem-se por terem aparência de capatazes, tendo na mão um chicote pequeno com o qual dirigiam os trabalhadores.
Uma inscrição na vertical sobre as pernas identifica o proprietário pelo seu nome – Su-en-amon – que viveu durante a dinastia XXI, ano 1000 a.C.
“O achado indica que a zona está muito pouco alterada e que os ladrões de túmulos e os egiptólogos do século XIX que por ali passaram não tocaram no terreno”, diz Galán. Os investigadores esperam encontrar estratos mais antigos bem conservados.
Os arqueólogos estão a escavar o sudoeste do pátio de entrada do túmulo de Djehuty, supervisor do Tesouro e dos artesãos da rainha Hatshepsut, uma das poucas mulheres do antigo Egito que exerceu o poder como faraó (por volta do ano 1470 a.C.).
O túmulo e os seus três poços funerários foram já totalmente escavados, tendo-se já iniciado o restauro das paredes e das inscrições e cenas esculpidas.
Durante esta décima campanha, os trabalhos alcançaram o poço funerário de Hery, proprietário de um dos túmulos vizinhos de Djehuty.
Viveu 50 anos antes deste e o seu monumento funerário é um dos poucos decorados que se conservam da época.
Hery estaria aparentado com a família real que estendeu a influência política, económica e cultural do Egipto sobre e Núbia, Palestina e Síria.
Fonte: Ciência Hoje
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