Coco Chanel teria sido espiã dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial e conseguiu escapar da prisão e da morte como colaboradora para se reinventar, no exílio na Suíça, revela uma explosiva biografia sobre a estilista francesa que foi lançada nesta terça-feira, nos Estados Unidos.
"Sleeping with the Enemy: Coco Chanel's Secret War" (Dormindo com o Inimigo: a Guerra Secreta de Coco Chanel, numa tradução livre), do jornalista Hal Vaughan, afirma ter juntado todas as peças do quebra-cabeças sobre os rumores nunca verificados sobre o passado nazista desta rainha da moda.
"Sleeping with the Enemy' fala sobre como Coco Chanel tornou-se parte da operação de inteligência alemã; como e porque foi alistada em missões de espionagem; como escapou da prisão na França depois da guerra, apesar do conhecimento de suas atividades", afirma a editora Knoff em comunicado.
Entre as revelações do livro estão incluídas documentação com o número de agente nazista de Chanel, uma missão que realizou na Espanha, em troca da libertação de um sobrinho detido e sua relação com líderes do nazismo, como Hermann Goering e Joseph Goebbels, entre outros.
O livro do escritor e jornalista americano Hal Vaughan também apresenta provas sobre as ações de Chanel para encobrir outros espiões nazistas e uma tentativa de apropriar-se de bens de seus sócios judeus, afirma a editora na nota à imprensa.
Hal Vaughan descreve em detalhes a relação de Chanel com o barão Hans Gunther von Dincklage, um oficial alemão dos serviços secretos, mencionada em outras biografias da estilista, mas cuja verdadeira influência é apresentada pela primeira vez.
"Dincklage é revelado aqui como um mestre da espionagem nazista e um agente da inteligência militar alemão que tinha a seu dispor uma rede de espões no Mediterrâneo e em Paris que reportava diretamente ao ministro de propaganda nazista Joseph Goebbels, considerado a mão direita de Hitler", diz o comunicado.
A vida de Coco Chanel (1883-1971) é um filme em si, já que de órfã pobre transformou-se numa das grandes estilistas do século 20 e que ainda fascina, 40 anos depois de sua morte.
Fonte: Folha.com
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