quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Telescópio pode ter detectado grafeno no espaço pela 1ª vez

Moléculas de grafeno, com espessura de um átomo, são ilustradas na imagem acima. (Crédito: Nasa)


A agência espacial norte-americana (Nasa) pode ter encontrado grafeno - um material semicondutor, apontado como o futuro dos computadores, telas eletrônicas e painéis solares - pela primeira vez no espaço. Caso confirmada, a descoberta ajudaria os astrônomos a estudarem a formação desse material.

A detecção foi feita com observações do Telescópio Espacial Spitzer em duas galáxias satélites da Via Láctea conhecidas como Nuvens de Magalhães. O instrumento realiza as pesquisas utilizando a radiação infravermelha que chega do espaço.

As pesquisas sobre as propriedades do grafeno renderam o prêmio Nobel de Física de 2010 para os cientistas Andre Geim e Konstantin Novoselov.

Eles conseguiram, em 2004, produzir o material em laboratório pela primeira vez em 2004. Composto por uma camada com a espessura de um átomo, o grafeno é capaz de conduzir eletricidade tão bem quanto cobre e é mais resistente que o aço.

Durante a mesma pesquisa, o Spitzer pode ter encontrado dois tipos de moléculas "gigantes" de carbono, compostas por 70 átomos.

No ano de 2010, a Nasa divulgou ter encontrado uma versão menor, com 60 átomos, conhecida como "buckyball" na mesma região do espaço.

Tanto o grafeno como essas duas moléculas - conhecidas como C70 e C60 - fazem parte de uma família de compostos com base no carbono chamada fulerenos.

Segundo os astrônomos, uma possível explicação para o surgimento dessas formas de organização do carbono no espaço seria o efeito de ondas de choque criadas após a morte de estrelas.


Fonte: G1

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