A repórter da BBC Katia Moskvitch testou, no laboratório de Tecnologias Emergentes da empresa IBM em Winchester, na Inglaterra, um aparelho que interpreta sinais do cérebro para mover objetos.
Conectado a uma tela de computador que exibe um cubo vermelho flutuante, o sistema pode ser treinado para aprender a associar padrões de pensamento específicos com movimentos.
O inventor responsável pelos testes, Ed Jellard, explica que durante a fase de treinamento, a repórter tem que pensar em nada por alguns momentos, para que o computador saiba como é seu cérebro quando ela não tem pensamentos.
Em seguida, é preciso registrar em um programa de computador, um a um, diferentes comandos pensados por ela para mover o cubo na tela.
Durante os testes, a repórter consegue controlar até mesmo os movimentos de um carrinho de brinquedo utilizando somente seus pensamentos.
Mas tecnologia, criada inicialmente para a indústria de videogames, ainda tem um longo caminho a percorrer, segundo Ed Jellard, antes de poder ser usada em situações complexas.
Controle do ambiente
O aparelho foi criado pela companhia australiana Emotiv, mas a IBM criou o software que permitiu conectá-lo a dispositivos como um carro de brinquedo, um interruptor de luz e uma televisão.
Os sinais de controle chegam ao sistema por meio de medições da atividade cerebral e leituras de impulsos nervosos enquanto eles viajam em direção aos músculos.
A equipe de cientistas já conseguiu utilizar a tecnologia para ajudar um paciente que sofre de Síndrome do Enclausuramento após um infarto.
A síndrome é uma condição neurológica que deixa o indivíduo paralisado, apesar de consciente.
Depois de treinar o dispositivo com a ajuda de pesquisadores, o paciente é capaz de apagar e acender luzes, mudar a música e a temperatura do ambiente onde está.
Fonte: BBC
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