Em comunicado, o Grande Oriente Lusitano recorda a condenação da Itália por causa de uma lei que obrigava os candidatos a cargos públicos a dizer se pertenciam à Maçonaria.
Em comunicado, o Grande Oriente Lusitano (GOL) reage hoje à polêmica sobre as ligações entre a Maçonaria, deputados e serviços de informação e diz não aceitar "ser envolvido em assuntos que decorram de interesses empresariais conjunturais em que são projetadas posições antimaçônicas". Chama ainda a atenção para eventuais violações da Convenção dos Direitos do Homem.
Assinado por Fernando Lima, grão mestre daquele que é um dos principais ramos da Maçonaria em Portugal, o texto lembra uma recente decisão do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem que condenou a Itália por causa de uma lei, numa região do país, que obrigava os candidatos a cargos públicos a dizer se pertenciam à Maçonaria ou a qualquer outra associação secreta.
Violação dos Direitos do Homem
O comunicado recorda que o tribunal considerou que a referida lei 'constituía uma violação do artigo 14 (interdição da discriminação) da Convenção Europeia dos Direitos do Homem combinado com o artigo 11 (liberdade de reunião e associação)'.
Defende ainda como "oportuna" a evocação deste acordão, dado o "contexto recentemente gerado em Portugal em torno de uma questão em que uns por interesses gananciosos, alguns por vocação obscurantista e outros por oportunismo pseudomoderno querem fazer regredir direitos humanos arduamente conquistados".
No comunicado, que ocupa uma página inteira do "Diário de Notícias", Fernando Lima salienta que o GOL, fundado em 1802, é a segunda mais antiga obediência maçônica mundial em exercício.
Acrescenta também que "os ataques à Maçonaria, sejam eles de ontem, de hoje ou de amanhã, vêm sempre eivados do mesmo ódio aos princípios da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade e aos valores da Justiça e da Razão".
Fonte: Expresso.pt
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