sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Waverly Hills, o hospital da colina



Este é o Sanatório de Waverly Hills, em Kentucky nos Estados Unidos da América.

Mas o hospital de Waverly Hills nem sempre foi assim, de fato, toda esta infra-estrutura foi erguida ao lado de um edifício muito menor que começou a ser construído em 1908 e foi inaugurado no dia 26 de Julho de 1910.

Era um edifício de apenas dois pisos que fora projetado para acolher entre 40 a 50 pessoas infectadas pela tuberculose.

A tuberculose era na altura uma doença muito grave, visto que não havia cura e os antibióticos ainda não haviam sido descobertos.

Assim, as pessoas a quem era diagnosticada a doença incurável, tinham de ser afastadas da população porque a tuberculose é altamente contagiosa.



Naquele tempo, a única coisa que os médicos aconselhavam era que essas pessoas fossem movidas para um sítio calmo e com muito ar fresco onde pudessem descansar. Por isso, o edifício foi construído numa colina rodeado de florestas.

Só que a tuberculose atingiu um estado epidêmico, e rapidamente o pequeno hospital ficou sobrelotado. Com 140 pacientes, já bem acima da lotação máxima, havia sem dúvida a necessidade de construir um hospital muito maior.

Em Março de 1924 começa então a construção do sanatório como o conhecemos hoje. No dia 17 de Outubro de 1926 o grande hospital está pronto para começar a receber pacientes com o bacilo da terrível tuberculose.

Apenas pacientes com essa doença eram admitidos no sanatório, pois era esse o objetivo para o qual fora construído.

Estávamos perante um edifício de 5 andares com capacidade para acolher no mínimo 400 pessoas infectadas

O tratamento dos doentes consistia basicamente em apanhar bastante ar fresco, mesmo em más condições meteorológicas os pacientes eram levados para uma varanda coberta, muito descanso, ingestão de alimentos ricos em proteínas, exposição ao sol e raios ultra-violeta, intervenções cirúrgicas para apertar os pulmões e injectar ar, o que permitia fechar buracos causados pela doença ou, como que numa última tentativa de salvar o paciente, eram efetuadas intervenções que consistiam na remoção das partes do pulmão infectadas, técnica mais avançada em que era necessário tirar 6 a 7 costelas do tórax do paciente.



A nível psicológico eram também tomadas algumas medidas, manter os doentes ocupados em variadas tarefas como por exemplo a tecer cestos, fazer vassouras, colchas, toalhas e outros objetos que eram depois vendidos numa pequena loja no sanatório. Os ganhos revertiam a favor da investigação da tuberculose.


Havia também várias tomadas para auscultadores, assim os doentes podiam ouvir música, notícias, ou o que lhes interessasse.

Esta era uma forma de tirar os doentes da monotonia e mantê-los ocupados com outras coisas que não a sua doença fatal. Eram igualmente confortados com palavras de esperança por parte dos médicos e das enfermeiras.

Sabe-se que foram feitas experiências em pacientes terminais, algumas das quais incluíam choques eléctricos, na tentativa de descobrir a cura para a “Praga Branca”.


No necrotério, quando não havia mais espaço, os corpos já em estado lastimável, eram pendurados de cabeça para baixo à espera de serem levados para enterro.

Ao longo dos anos, o sanatório acolheu centenas de pessoas, a maioria não sobreviveu ao que ficou conhecido como a “Praga Branca”. Estima-se que 63.000 pessoas morreram naquele hospital.

No entanto as pessoas fizeram amizades entre elas e tentava-se despertar alegria nas pessoas, apesar da situação. Haviam diversas ocupações, como por exemplo montar a cavalo e transmissão de filmes. No natal alguém fazia de Papai Noel e as crianças saiam do edifício e podiam vê-lo a rondar com as suas renas.

O hospital dispunha dos melhores médicos e enfermeiras, todo o pessoal era altamente qualificado isso fez deste o melhor hospital da tuberculose.

De fato, eles arriscavam a sua própria vida para tentar dar uma vida melhor a estas pessoas que chegavam de todo o lado.

Também não podiam sair do recinto do sanatório para precaver que a doença se espalhasse, por isso ficavam em casas que foram construídas para acolher médicos, enfermeiras e todo o pessoal ao serviço do sanatório.

Ao mesmo tempo que o edifício principal estava a ser construído, foi também construído um túnel que ficou conhecido como “O Túnel da Morte”.



É um túnel com cerca de 150 metros de comprimento que vai desde o cimo da colina onde o edifício foi construído até o vale.

O objetivo inicial era providenciar vapor aos radiadores do sanatório, por isso tinha canos que passavam através dele.

Servia também de passagem ao pessoal que trabalhava no sanatório, pois no inverno fazia muito frio e isso era uma forma de se manterem quentes ao longo do percurso que tinham de fazer.

Mas o túnel ganhou fama porque chegou uma altura em que faleciam em média 3 pessoas por hora, assim, para os outros pacientes não verem os corpos a serem levados para às suas famílias e posteriormente enterrados, o pessoal do hospital usava o túnel para transportar os corpos desde o edifício até embaixo, onde eram depois entregues diretamente aos familiares ou levados para as suas terras de comboio.

O túnel tinha uns degraus num lado esquerdo e um gênero de carris no outro. Era através dos carris que circulavam as macas que desciam auxiliadas por um sistema mecânico de ganchos que faziam assim os corpos descer até ao vale. Os carris foram entretanto retirados e já não existem nos dias de hoje.

Existe o mito de que os corpos eram literalmente atirados pelo túnel e ficavam ali em monte, mas isso não é verdade, nem sequer faz sentido.

Consta também que no quarto 502, uma enfermeira em depressão com todas aquelas mortes cometeu suicídio, atirando-se da janela.



Diz-se também que uma outra enfermeira de nome Mary Hillenburg, se enforcou. Há no entanto quem diga que ela foi assistida no enforcamento.

Ela estaria grávida de um dos médicos e teria sido vítima de um aborto mal sucedido. Ela foi encontrada enforcada num dos canos do 5º piso. Mais tarde foi também encontrado num poço o feto resultante do aborto.


Com a descoberta dos antibióticos veio a cura para a tuberculose. A doença foi rapidamente erradicada e o sanatório de Waverly Hills encerrado em 1961, sendo os restantes pacientes transferidos para um outro hospital em Hazelwood que por sua vez viria também a encerrar em 1971.


O sanatório foi reaberto em 1962 com o nome de Woodhaven como hospital de idosos e manteve-se assim até 1981, altura em que foi novamente encerrado por alegadas acusações de abuso dos pacientes.

Entretanto foi depois vendido e estaria destinado a ser transformado em prisão, só que houve protestos por parte da população e isso nunca chegou a ser uma realidade.

Depois de outros projetos que nunca chegariam a ser levados a cabo, o edifício foi vendido novamente em 2001 e é hoje propriedade privada pertencente a Charlie e Tina Mattingly, que organizam visitas guiadas ao sanatório.


Por apenas 80 EUROS por pessoa é ainda possível passar uma noite inteira em busca de atividade paranormal no sanatório, de fato já vários investigadores e cadeias de televisão levaram a cabo vários estudos no seu interior.


Diz-se que este é o local mais assombrado de toda a América e foram já tiradas várias fotos de fantasmas, captados EVP’s e alguns vídeos em que é possível deixar mais que provado que este hospital é deveras uma fonte interminável de espíritos que vagueiam pelos seus corredores.




É muito frequente verem-se sombras a passar sem que haja alguém que origine essas sombras, por vezes paira no ar um cheiro de panquecas e pão, sem qualquer motivo.

Já foram vistos fantasmas por diversas pessoas, assim como pegadas molhadas sem que ninguém tenha passado por lá.


Fala-se também numa menina com uma bola que assombra o edifício. Um dos guias ao fazer uma visita guiada encontrou uma bola e levou-a para outro piso, no final da visita a bola tinha desaparecido e foi mais tarde encontrada num outro local.



Muitas pessoas afirmam também ouvir vozes quando estão dentro do edifício. Frases como "Vai-te embora!" ou "Que raio de hospital é este?" foram inclusive gravadas quando era rodado o filme “O Túnel da Morte”.

Um filme baseado em fatos verídicos que conta a história de 5 garotas que participam num jogo do medo durante 5 horas e que foi rodado precisamente no sanatório.

De noite, visitantes e seguranças afirmam que se acendem luzes inexplicavelmente nos quartos do hospital.


Em 2006 uma empresa instalou várias câmaras no edifício na noite das bruxas e a dado momento as câmaras captaram duas formas de criança que apareceram no corredor e desapareceram na parede.

Os mesmos relatos, as mesmas aparições são relatadas por várias pessoas, seria coincidência a mais toda a gente presenciar o mesmo tipo de fenômenos.


Orbs (bolas de luz branca geralmente invisíveis a olho nú) são quase sempre captadas nas fotografias. Estes orbs conteriam vários espíritos que podem depois separar-se a determinada altura.



Fonte: Tenha Medo

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