Câncer facial raro é contagioso e pode acabar com a espécie australiana.
Pesquisadores estão sequenciando o genoma do câncer contagioso que está dizimando a população de diabos da Tasmânia.
O animal é o maior marsupial carnívoro e corre risco de extinção desde que um câncer facial, transmitido por mordidas, se alastrou entre a população da espécie na Austrália.
Os cientistas acreditam que o entendimento sobre as mutações genéticas que ocorrem neste tipo de câncer vai ajudar a encontrar novas terapias e medicamentos contra a doença.
Desde a descoberta da doença, em 1996, cerca de 70% e 90% da população destes marsupiais morreu em algumas áreas da Austrália.
O câncer do diabo da Tasmânia é espalhado pela transferência de células vivas de câncer entre os animais através de mordidas que os animais dão uns nos outros. De acordo com cientistas, estas mordidas são comuns entre os animais desta espécie.
Além disso, vamos analisar estas mutações para estudar a propagação da doença ”, disse ao iG Elizabeth Murchison, autora do estudo publicado nesta quinta-feira no periódico científico Cell.
No ano passado, pesquisadores publicaram o sequenciamento do DNA do diabo da Tasmânia e a comparação destes dados com o genoma do câncer pode explicar a propagação da doença.
“Encontrar diferenças entre o DNA de diabos da tasmânia saudáveis e com câncer também poderá nos ajudar a desenvolver vacinas que possam prevenir esta doença”, disse.
Mais de 17 mil mutações do câncer do diabo da Tasmânia foram catalogadas - número comparável a mutações identificadas em outros tipos de cânceres em humanos.
Elizabeth afirma que a equipe agora vai tentar descobrir quais das milhares de mutações são as mais importantes.
De acordo com os estudos preliminares, alterações nos genes de imunidade pode finalmente explicar como o câncer escapa do sistema imunológico.
O começo de tudo
O câncer do diabo da Tasmânia surgiu em um único animal e foi se alastrando rapidamente. Portanto, todos os tumores presentes em milhares de marsupiais atualmente são derivado das células de um único indivíduo.
Os pesquisadores chamam este primeiro anima que teve a doença de o 'diabo imortal', pois suas células foram mantidas vivas para que fossem estudadas.
“Nossa análise genética permitiu determinar que o "diabo Imortal" era um animal do sexo feminino”, disse.
Fonte: IG
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