A descoberta foi feita na região de Serra das Torres, em Atílio Vivacqua. Espécie mede entre 7 e10 milímetros de comprimentro.
A menor espécie de sapo do Brasil, e segunda do Hemisfério Sul, foi encontrada pela primeira vez no Espírito Santo, na região conhecida como Serra das Torres, em Atílio Vivacqua, no Sul do estado, e registrada pela pesquisadora do Programa de doutorado em Ecologia e Evolução da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Jane de Oliveira.
O animal raro, já visto na Mata Atlântica carioca, fará parte de uma publicação cientifica em abril.
Segundo a pesquisadora, a espécie mede entre 7 e10 milímetros de comprimento, ou seja, o sapo caberia com sobra em uma moeda de cinco centavos.
“Durante o curso de Mestrado, eu e a minha equipe encontramos uma espécie de anfíbio, o Brachycephalus didactylus, um morador do chão das florestas, que é possivelmente o menor animal vertebrado do Brasil e um dos menores do mundo”, conta.
A visualização destes sapos é muito difícil porque, além de minúsculos, eles têm coloração idêntica às folhas (Foto: Renata Pagotto/ Divulgação)
Feliz com a descoberta, Jane de Oliveira chama a atenção para a importância do Espírito Santo para a ciência nacional.
“Fazer o registro de uma espécie, com a ecologia ainda praticamente desconhecida para a ciência, no Espírito Santo, mostra o quanto este estado é importante biologicamente. Uma área devastada pode ser sinônimo da perda de dezenas de espécies, desconhecidas neste estado e mesmo para a ciência”, diz a pesquisadora.
Jane afirma que a espécie era conhecida apenas no Rio de Janeiro. "Este foi o primeiro registro dele fora do estado.
É possível que a espécie exista também em outras localidades do Espírito Santo, porém a visualização destes sapos é muito difícil.
É um animal minúsculo, de coloração idêntica às folhas mortas caídas no chão da mata, de movimentos lentos e que entra em atividade apenas durante a noite”, diz a pesquisadora.
Com uma adaptação curiosa entre os anfíbios, a espécie - que também é conhecida como sapo Pulga - sobrevive confortavelmente com a umidade das folhas.
“É um animal com uma adaptação muito interessante. Ele sofreu redução no número de falanges e no número de dedos apresentando apenas o equivalente ao nosso dedo médio. Além disso ele não vive em ambientes com água, como a maioria, para ele basta a umidade existente entre as folhas caídas”, afirma.
Fonte: G1
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