Filho de homem cuja história inspirou o filme "Área Q" diz que aprendeu a se proteger de abduções (Foto: Elias Bruno/ G1)
O pai de Francisco Barroso disse ter sido abduzido em Quixadá, no CE. Caso foi estudado por ufólogos e foi base para filme rodado na cidade.
A rotina do comerciante Francisco Leonardo Barroso, filho do agricultor
que disse ter sido abduzido por extraterrestres no sertão do Ceará
nos anos 1970, parece não ter mudado após a estreia de “Área Q”, filme
inspirado em histórias de contatos extraterrenos contadas na região.
O
comerciante conta que o pai morto há 19 anos ensinou a ele e aos irmãos
como se defender e evitar que fossem levados por objetos voadores não
identificados (ovnis).
“Para você se livrar, só se for com um pé (sic) de árvore. Você tem que
ir para debaixo porque, com a árvore, o aparelho deles (os
extraterrestres) perde o contato”, explica. Barroso diz que o pai ficou
com a pele avermelhada e com retardo mental depois de ser levado por ovnis.
O agricultor Luis Fernandes Barroso, segundo o filho, 'teve um contato
bem próximo' com os extraterrestres nos anos 1970. “Uma vez por semana,
ele ia para a fazenda olhar o rebanho e gostava de sair de madrugada,
por volta de 2h da manhã.
Um dia, quando voltava de carroça, ele disse
que teve contato com algo que parecia um avião, mas que desceu, ficou
perto dele e jogou uma luz muito forte, quase de cegar”, diz.
“Não só acredito, como já vi”, afirma Barroso sobre crença em aparições de ovnis na cidade de Quixadá.
Dono de um armazém que vende de tudo no barulhento centro do município,
ele segue trabalhando na loja até o meio-dia e, depois, vai para a
fazenda na zona rural, local da suposta abdução do pai.
Francisco
Leonardo é o único filho de Barroso que ainda mora em Quixadá. A mãe
dele também faleceu, o irmão mora no Piauí e a irmã em outro município
do sertão cearense.
Efeitos da suposta abdução
Após o contato, o comerciante afirma ter visto mudanças físicas e
psicológicas no pai, que apareceu com a pele vermelha “como se tivesse
queimada” e um retardo mental depois do suposto contato com
extraterrestres, fazendo com que os filhos se tornassem responsáveis
pelos negócios da família.
O caso chamou a atenção de ufólogos de vários
países, como Portugal, Itália e Espanha, que visitaram a fazenda para estudar os sintomas e os relatos de Barroso.
Médicos e ufólogos acompanharam e estudaram de perto o "Caso Barroso" em Quixadá (Foto: Reginaldo de Athayde/ Divulgação)
“Meu pai passou também por muitos hospitais de Fortaleza e disseram que
a mente dele estava como se fosse de uma criança”, conta Francisco
Leonardo.
O pai dele morreu na fazenda no ano de 1973 com, segundo o
filho, o aspecto da pele não correspondia com a idade. “Era como se ele
tivesse ficado mais novo”, afirma.
A situação quase foi vivida também pelo filho de Barroso, quando este
fazia o mesmo trajeto do pai a caminho da fazenda.
“Estava de moto e vi
um objeto que emitiu uma luz bem forte. Desviei o olhar para não cegar
com aquela luz e desacelerei. Lembrei dos conselhos de meu pai: 'Não se
amedronte e não fique nervoso'”, conta. Depois disso, as aparições
viraram comuns na vida do comerciante que afirma não haver problema
“depois que você se acostuma”.
“Não guardo mágoas dos extraterrestres porque aconteceram outros casos
iguais aos do meu pai. É um imprevisto, pode acontecer comigo, com você
ou com qualquer um”, diz. O comerciante ainda não assistiu ao filme, mas
gosta de saber que o pai serviu de inspiração.
“Meu pai foi um dos
primeiros que passou por isso. Ver essa história no filme é de se
admirar porque ele realmente entrou para a história”, afirma.
Caso não tem solução, diz ufólogo
O ufólogo cearense Reginaldo de Athayde acompanhou o “Caso Barroso”
desde o momento em que agricultor teria sido abduzido até a sua morte.
“Durante 17 anos, eu e outros pesquisadores íamos uma vez por mês a
Quixadá para visitar Barroso”, diz. O contato pessoal foi documentado no
livro “ETs, Santos e Demônios na Terra do Sol” (2000), no qual Athayde
relata também outros casos envolvendo contatos extraterrestres em
municípios do interior do Ceará.
O ufólogo também contou ao G1 que houve tentativas de
prosseguir na investigação do caso após a morte de Barroso, mas os
filhos do agricultor não concordaram com a autópsia no corpo do pai.
“Acreditamos que esse caso nunca seja solucionado, pois fizemos o que
podíamos nos 17 anos de acompanhamento”, afirma.
Filme
O cineasta cearense Halder Gomes foi o responsável por trazer as locações de “Área Q”, previsto para ser rodado no Arizona, Estados Unidos,
ao município de Quixadá.
No filme, o agricultor João Batista desaparece após ser abduzido
enquanto andava de carroça na zona rural de Quixadá (Foto: Área Q/
Divulgação)
“Em março de 2009, propus ao diretor Gerson
Sanginitto abordar esse tema da ufologia de uma outra forma, baseado nas
histórias e relatos que cresci ouvindo”, diz Gomes, que nasceu no
município de Senador Pompeu,
também no sertão Cearense.
A terra natal dele fica a poucos quilômetros
de Quixadá, cidade conhecida por formações rochosas exuberantes
conhecidas como monólitos e que serviram de cenário para o filme.
Produtor executivo do filme, Halder Gomes diz que o trabalho de
pesquisa levantou casos não só do agricultor Luis Fernandes Barroso, mas
também do relato de luzes vistas pelos moradores dessa região do Ceará.
Halder Gomes, produtor executivo de 'Área Q', no set de gravação do filme (Foto: Área Q/ Divulgação)
“Criamos uma história totalmente ficcional, mas alguns personagens
podem ser associados, como fizeram com o Caso Barroso, que é bastante
conhecido. Os relatos da escritora quixadaense Raquel de Queiroz foram
usados para definir as cores das luzes emitidas pelos ovnis”, explica.
O filme conta a história de um jornalista norte-americano escalado para
investigar casos de aparições de objetos não-identificados em Quixadá,
cidade que ficou conhecida internacionalmente após relatos de abduções
extraterrestres, como o “Caso Barroso”.
O longa que estreou na última
sexta-feira (13) em 14 capitais com cenas gravadas também em Los Angeles
e foi dirigido por Gerson Sanginitto. No elenco, está o ator
norte-americano Isaiah Washington, além dos brasileiros Murilo Rosa, Tânia Khalil, Ricardo Conti e Karla Karenina.
Fonte: G1
Um comentário:
Nao era mas o abduzido, mas um clone. Eles devem ter matado o abduzido e colocaram um clone no lugar, por isso a pele mas nova e as rea¢oes mentais eram quase que infantis, pois eles colocam a alma de um animal no hibrido os cientistas desco briram que um boi tem a inteligencia de uma crianca de 8 anos, simplesmente ele nao tem os genes da fala.
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