Especialista, porém, teme que equipamentos sejam usados também em batalhas.
Uma competição para desenvolver robôs da próxima geração capazes de
salvar vidas em zonas de desastre foi revelada pelo Laboratório de
Pesquisa de Defesa Avançada do Pentágono.
O Darpa - sua sigla em
inglês — quer “robôs adaptáveis com a habilidade para usar ferramentas
humanas - desde aquelas manejadas com as mãos a veículos”. Os
equipamentos atuariam em uma série de emergências.
Após o colapso
da usina nuclear de Fukushima, em 2011, autoridades japonesas usaram
veículos não-tripulados e robôs desenvolvidos pela empresa britânica
Qintetiq para mover grandes detritos e medir níveis de radiação.
As
Forças Armadas americanas empregaram equipamentos semelhantes no Iraque e
no Afeganistão para explorar prédios, conferindo se neles havia
explosivos.
O Darpa, porém, afirma que são necessárias outras pesquisas para fazer as máquinas interagirem mais naturalmente.
—
Este desafio vai testar a autonomia supervisionada na percepção e
tomada de decisão, mobilidade, destreza, força e resistência em um
ambiente projetado para uso humano, mas degradado devido a algum
desastre — explica Gill Pratt, gerente do programa do Darpa. — A
adaptação também é essencial, porque não sabemos onde acontecerá o
próximo desastre.
O último grande desafio do laboratório — uma
corrida de carros sem motoristas por 241 quilômetros no deserto — foi
muito bem sucedida, segundo o professor de robótica e inteligência
artificial Noel Sharkey, da Universidade de Sheffield.
No entanto, Sharkey expressou preocupações sobre esta competição:
—
Estou certo de que algumas boas versões virão a partir daí. Mas, quando
vemos estes desafios mais de perto e o fato de que o Darpa é o
financiador, precisamos ser realistas sobre suas verdadeiras intenções —
pondera. — Isso é parte da máquina de guerra americana, com a ajuda de
robôs desenvolvidos para o campo de batalha. Embora possam ter uma boa
utilidade civil, esses equipamentos estão claramente nos movendo para a
automação e industrialização da guerra.
Fonte: O Globo Online
Um comentário:
Isso é fato: os robôs farão parte dos exércitos do mundo todo no futuro. Vai demorar um pouquinho, mais é assim que será.
"O homem faz guerra. O homem quer paz". Vai entender.
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