Até o dia 30 de maio, parte da coleção de paleontologia da
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) estará exposta ao público na
Biblioteca Comunitária da instituição.
São vestígios e fósseis de
animais que viveram entre 10 mil e 500 milhões de anos atrás, além de
peças como troncos petrificados, ossos e pegadas registradas em rochas
vindas de diversas regiões.
Ao todo, o acervo pré-histórico preservado na UFSCar conta com
aproximadamente 2,7 mil peças. Entre os destaques escolhidos para
fazerem parte da "PaleoExpo 2012: dinossauros e outros seres
pré-históricos" estão o esqueleto completo de um dinossauro predador
brasileiro, o Abelissauro, com oito metros de comprimento e três metros
de altura, e também o Anhangüera, um pterossauro do Ceará com cinco
metros de envergadura.
Paleontologia
De acordo com o professor Marcelo Adorna Fernandes, do Departamento
de Ecologia e Biologia Evolutiva (DEBE) da universidade, a partir de
estudos paleontológicos é possível analisar os níveis tróficos entre os
animais.
Evidências aparentemente simples, como marcas e desgastes de
ossos e fragmentos de dentes, podem indicar a existência de relações
entre predadores e presas, o tipo de alimentação e as características
dos habitats dos animais.
Também é possível analisar a evolução dos animais no decorrer da
história e de que forma a anatomia favoreceu a adaptação em determinados
ambientes.
A comparação do formato dos dentes, por exemplo, de animais e
seus descendentes pré-históricos podem indicar de que forma as mudanças
no planeta contribuíram para as alterações morfológicas.
A existência de fósseis também reforça a teoria da deriva continental
e a separação da Pangeia até a configuração espacial existente nos dias
de hoje. O professor explica que existem fragmentos de uma mesma
espécie encontrados nos continentes africano e americano.
"O fóssil é um
ótimo indicador biogeográfico. Se um pesquisador encontra um fóssil com
características específicas de um determinado ambiente em outro lugar,
pode-se estabelecer uma relação entre essas localidades", aponta.
"Desde a infância, os dinossauros estão no imaginário das crianças,
mas depois que se estuda, percebe-se que a Paleontologia não se
concentra apenas nos dinossauros.
Existe, por exemplo, estudos sobre a
flora, a existência de micro-organismos, que podem gerar pesquisas sobre
a existência de petróleo ou gás natural em algumas regiões", aponta
Fernandes.
As visitas à exposição podem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h, e aos sábados, das 8h às 14h.
Fonte: Terra
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