A ex-mulher do ex-presidente brasileiro Fernando Collor de Mello
(1990-1992), Rosane Collor, confirmou em entrevista à TV Globo que o
atual senador praticava rituais de magia negra quando governava o país.
"Eles (Collor e seu grupo mais próximo de assessores) faziam rituais de
magia negra, mas não com minha participação, porque em algumas coisas
eu participei, mas na grande maioria eu não aceitava participar",
afirmou Rosane ao "Fantástico".
Rosane, que foi até 2005 casada por 22 anos com o ex-presidente,
ratificou assim a revelação sobre os rituais de magia negra feita em
1992 à revista "Veja" por Pedro Collor de Mello, o próprio irmão do
ex-chefe de Estado e que morreu em 1994 vítima de um câncer no cérebro.
"Eram trabalhos em cemitérios, trabalhos muito fortes e com os animais
era um massacre mesmo, com galinhas, bois, vacas e animais que eram
sacrificados, quando conheci Fernando ele já frequentava esses
'ambientes' e quando estivemos casados ele os praticava", confirmou
Rosane.
Os rituais eram comandados por uma feiticeira de nome Maria Cecília,
hoje pastora evangélica como a própria Rosane, e que aparece ao lado de
Collor em várias imagens da época.
Segundo Rosane, Maria Cecília sugeria a Collor o uso de vestidos
brancos e um altar de magia negra na Casa da Dinda, domicílio particular
da família em Brasília.
Quando Maria Cecília se tornou pastora e lançou um disco de música
evangélica revelou à revista Época as práticas dos rituais por parte do
ex-presidente, mas uma suposta ameaça telefônica de Collor impediu que
Rosane acompanhasse a religiosa no lançamento do álbum musical e de
revelações.
Collor foi presidente do Brasil entre março de 1990 e dezembro de 1992,
quando renunciou em meio a um grave escândalo de corrupção que o levou a
perder todos seus direitos políticos até 2006, quando foi absolvido e
depois eleito senador por Alagoas, cargo que ocupa atualmente.
Apesar das confirmações sobre os rituais, Rosane afirmou que seu
ex-marido nada teve a ver com o assassinato de seu principal assessor e
tesoureiro durante a campanha presidencial de 1989, PC Farias, morto em
estranhas circunstâncias em 1996 quando gozava de liberdade condicional.
Já no fim da entrevista Rosane deu um recado. "Eu me considero um
arquivo vivo e se algo acontecer com minha vida o responsável vai ser
Fernando Collor de Mello", assegurando que seu ex-marido tem medo do
lançamento de um livro que ela prepara e na qual promete contar detalhes
dos rituais e das obscuras relações com PC Farias, entre outros.
"Fernando foi o grande amor da minha vida, mas também foi minha grande
decepção", concluiu a ex-primeira dama, que tinha 26 anos quando o
ex-marido foi eleito presidente.
Fonte: UOL
Nenhum comentário:
Postar um comentário