sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Pesquisadores detalham anatomia de animal com até 750 pernas







O animal com o maior número de pernas no mundo, o milípede Illacme plenipes, foi redescoberto há muitos anos na Califórnia, Estados Unidos, por Paul Marek, da Universidade do Arizona. 


Agora, a equipe de Merek está fornecendo detalhes da anatomia complexa do animal e de sua extrema raridade, limitada a poucos pontos na cidade de São Francisco. O artigo com informações detalhadas da espécie foi publicado no jornal ZooKeys.


De acordo com os pesquisadores, os milípedes têm o maior número de pernas de qualquer grupo animal. No início, seus ancestrais tinham apenas um par de pernas por segmento do corpo, mas com o tempo a espécie evoluiu e passou a ter dois pares em cada parte. 


Essa aglutinação de segmentos foi um grande acontecimento na história da evolução dos milípedes, há mais de 400 milhões de anos. Segundo o artigo, quatro pernas fornecem um maior impulso baseado nos segmentos, o que beneficia os milípedes e os auxilia a cavar na terra para fugir de predadores, por exemplo. 


Esses indivíduos com uma aglutinação de segmentos e, portanto, habilidade de cavar, foram capazes de permanecer no ecossistema atual. 


Uma das maiores curiosidades dos milípedes é o número de pernas da espécie, que se alinham ao corpo de forma simultânea. 


As fêmeas dos Illacme plenipes têm um total de mais ou menos 750 pernas, ultrapassando os machos, que possuem, no máximo, 562 pernas. 


A proliferação das pernas pode ser uma adaptação para o tipo de vida dessas criaturas, que passam grande parte de seu tempo cavando, seja para buscar alimentos ou para se proteger de predadores. 


"Essa espécie rara é a única representante da família no hemisfério ocidental. Seu parente mais próximo, o Nematozonium filum, vive na África do Sul e a relação entra as duas espécies se estabeleceu há mais de 200 milhões de anos", afirmou Marek. 


Além de ser o animal com mais pernas no mundo, o Illacme plenipes também apresenta características anatômicas surpreendentes, como os cabelos do corpo que produzem seda, um exoesqueleto translúcido e marcado por "divisões ondulares", e grandes antenas (comparadas ao comprimento do animal) que são usadas para locomoção em locais escuros, já que não possui olhos. 



A boca desses animais, diferente de outros milípedes que mastigam com partes da boca desenvolvidas especialmente para triturar alimentos, é rudimentar e fundido em estruturas que provavelmente são usadas para furar e sugar tecidos de plantas ou fungos. 




Fonte: Terra

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