terça-feira, 20 de novembro de 2012

Tubarão-da-Groenlândia é tão lento que só come quando a presa está dormindo



Tubarões-da-Groenlândia vivem em águas extremamente frias, um ambiente muito inóspito para a maioria dos tubarões dos oceanos ao redor do mundo.


Em um ambiente assim, a melhor maneira de economizar energia é mover-se o mais lentamente possível.



A espécie (Somniosus microcephalus) estudada é conhecida por comer focas. Os cientistas imaginam que o tubarão só tenha a iniciativa de ataque quando vê suas presas imóveis, ao tirar um “cochilo”.


O tubarão-da-Groenlândia já era conhecido entre os especialistas como o de natação mais lenta do mundo, mas sua lentidão surpreendeu os cientistas.


Yuuki Watanabe, do Instituto Nacional de Pesquisa Polar em Tóquio, que participou do estudo, disse que ele é o peixe mais lento dos oceanos, em entrevista ao portal da BBC.


O estudo, publicado no Journal of Experimental Marine Biology and Ecology, foi a última parte de uma missão de pesquisadores noruegueses que descobriram que ele estava matando as focas na costa do Svarlbard.


Imaginava-se que os tubarões da Groenlândia comiam apenas focas mortas que afundavam, alimentando-se de carcaças em decomposição, mas as novas evidências mostram que eles podem atacar presas vivas.


Sua velocidade máxima não ultrapassa 1,6 km/h. Tudo é lento em seu comportamento. Para completar uma rasteira com a sua cauda, impulsionando-o para frente, são necessários 7 segundos.


Ironicamente, a pesquisa mostrou que as focas do Ártico fingem estarem dormindo para não serem atacadas por ursos polares, mas isso abre uma oportunidade para que outros animais ataquem.


O tubarão em questão não precisa 100% de sua mordida para abocanhar a presa, contando com uma ação de sucção que o ajuda no processo alimentar.


Sua lentidão é um ponto fraco, tornando-o vulnerável para a atividade pesqueira, mas lhe proporciona grande longevidade.


É comum encontrar Tubarões-da-Groenlândia a mais de 1.200 metros de profundidade. Alguns exemplares já foram capturados por pesquisadores com pedaços de ursos polares e partes de cavalos em seus estômagos.




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