Gênero aquático de mosassauro chamado 'Platecarpus' foi
descoberto em agosto de 2010. Desde 1764, muitos desses animais são
achados (Foto: Ilustração de Stephanie Abramowciz/NHM Dinosaur
Institute)
Fósseis de animal foram descobertos na Hungria por paleontólogos. Até então, esses lagartos gigantes eram considerados apenas marinhos.
Ossos fossilizados de uma espécie de réptil aquático pré-histórico
desenterrados na Hungria são a primeira evidência de que esses lagartos
gigantes, chamados mosassauros, viveram tanto em água salgada quanto
doce.
Até então, esses predadores eram considerados exclusivamente marinhos. A descoberta está descrita na revista científica "PLoS One".
O primeiro animal do tipo Pannoniasaurus, que habitou a Terra entre 85,8 e 83,5 milhões de anos atrás, no fim do período Cretáceo, foi achado em 1764. Depois disso, milhares de espécimes foram encontrados em todo o mundo.
Em 1999, cientistas encontraram uma vértebra de mosassauro junto com uma grande variedade de dentes de peixes e crocodilos em uma mina de carvão na cidade industrial de Ajka, no oeste da Hungria. No ano seguinte, um rio secou na localidade de Iharkút e evidenciou uma mina de bauxita de 20 km a céu aberto.
Por vários anos, nesse lugar, pesquisadores acharam vértebras de mosassauros, ossos de tartarugas, lagartos, anfíbios, jacarés, pterossauros (répteis voadores) e peixes. Mas os fósseis de Pannoniasaurus estavam tão fragmentados que foram confundidos com os de grandes lagartos terrestres.
Foi só mais recentemente que outros cem ossos, incluindo todos os mais importantes do crânio, foram descobertos em Iharkút, o que possibilitou recompor essa espécie rara de réptil aquático, batizada de Pannoniasaurus inexpectatus (inesperado, em latim). Os fósseis analisados são de indivíduos grandes, pequenos, jovens e velhos.
Crânio de espécie de mosassauro que vivia em água doce (Foto: Makadi L, Caldwell MW, Osi A (2012))
Segundo o paleontólogo Laszlo Makadi, do Museu de História Natural da Hungria, esses animais sofreram importantes adaptações para os sistemas de água doce, como o desenvolvimento de cabeça achatada – semelhante à dos crocodilos – para facilitar o ataque a presas. Esses répteis evoluíram em uma série de ilhas que ficavam entre a África, a Europa e a Ásia, onde antigamente existia o Mar de Tétis.
Ainda de acordo com os cientistas, esses animais pré-históricos se ajustaram ao ambiente da mesma forma que fizeram os golfinhos de água doce nos rios Amazonas, Ganges (Índia), da Prata (Argentina e Uruguai) e Azul (China).
Os autores compararam os fósseis desses mosassauros com os marinhos e viram que os primeiros alcançavam até 6 metros de comprimento, o que fazia deles os maiores predadores aquáticos daquele período.
O paleontólogo Makadi explica que ainda falta uma evidência definitiva para afirmar se o habitat de água doce dos mosassauros era permanente ou sazonal, como parte de uma migração oportunista. Mas evidências dos fósseis e sedimentos da região mostram que a vida de alguns deles poderia mesmo estar restrita aos rios.
Fonte: G1
Até então, esses predadores eram considerados exclusivamente marinhos. A descoberta está descrita na revista científica "PLoS One".
O primeiro animal do tipo Pannoniasaurus, que habitou a Terra entre 85,8 e 83,5 milhões de anos atrás, no fim do período Cretáceo, foi achado em 1764. Depois disso, milhares de espécimes foram encontrados em todo o mundo.
Em 1999, cientistas encontraram uma vértebra de mosassauro junto com uma grande variedade de dentes de peixes e crocodilos em uma mina de carvão na cidade industrial de Ajka, no oeste da Hungria. No ano seguinte, um rio secou na localidade de Iharkút e evidenciou uma mina de bauxita de 20 km a céu aberto.
Por vários anos, nesse lugar, pesquisadores acharam vértebras de mosassauros, ossos de tartarugas, lagartos, anfíbios, jacarés, pterossauros (répteis voadores) e peixes. Mas os fósseis de Pannoniasaurus estavam tão fragmentados que foram confundidos com os de grandes lagartos terrestres.
Foi só mais recentemente que outros cem ossos, incluindo todos os mais importantes do crânio, foram descobertos em Iharkút, o que possibilitou recompor essa espécie rara de réptil aquático, batizada de Pannoniasaurus inexpectatus (inesperado, em latim). Os fósseis analisados são de indivíduos grandes, pequenos, jovens e velhos.
Crânio de espécie de mosassauro que vivia em água doce (Foto: Makadi L, Caldwell MW, Osi A (2012))
Segundo o paleontólogo Laszlo Makadi, do Museu de História Natural da Hungria, esses animais sofreram importantes adaptações para os sistemas de água doce, como o desenvolvimento de cabeça achatada – semelhante à dos crocodilos – para facilitar o ataque a presas. Esses répteis evoluíram em uma série de ilhas que ficavam entre a África, a Europa e a Ásia, onde antigamente existia o Mar de Tétis.
Ainda de acordo com os cientistas, esses animais pré-históricos se ajustaram ao ambiente da mesma forma que fizeram os golfinhos de água doce nos rios Amazonas, Ganges (Índia), da Prata (Argentina e Uruguai) e Azul (China).
Os autores compararam os fósseis desses mosassauros com os marinhos e viram que os primeiros alcançavam até 6 metros de comprimento, o que fazia deles os maiores predadores aquáticos daquele período.
O paleontólogo Makadi explica que ainda falta uma evidência definitiva para afirmar se o habitat de água doce dos mosassauros era permanente ou sazonal, como parte de uma migração oportunista. Mas evidências dos fósseis e sedimentos da região mostram que a vida de alguns deles poderia mesmo estar restrita aos rios.
Fonte: G1
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