A nova pesquisa descobriu as origens genéticas das características físicas dos pombos.
Uma equipe internacional de cientistas
completou a decodificação do genoma do pombo-bravo, antepassado do pombo
doméstico, lançando luz sobre uma grande variedade de espécies de aves,
revelou um estudo publicado na quinta-feira.
O pombo-bravo ("Columba livia") está entre as aves mais comuns e dispersas no planeta, com mais de 350 raças de diferentes tamanhos, formas, cores, comprimento do bico, estrutura óssea, vocalização e plumagem, explicaram os cientistas.
O pombo é uma das poucas aves cujo genoma foi decodificado até agora, além do frango, do peru, do diamante-mandarim ("Taeniopygia guttata") e o periquito do realejo, disse Michael Shapiro, professor assistente de biologia da Universidade de Utah (EUA), um dos principais autores do estudo.
A decodificação do genoma dos pombos domesticados há 5.000 anos no Mediterrâneo "nos dará novas pistas sobre a evolução de outras aves", disse.
Esta nova pesquisa "nos permitiu descobrir as origens genéticas das características físicas dos pombos e os mecanismos moleculares que controlam sua biodiversidade", destacou o cientista, acrescentando que as principais raças de pombos procedem do Oriente Médio e da América do Norte.
"Com este enfoque buscamos explicar outras características nos pombos e aplicá-las a outras aves, das quais há mais de 10.000 espécies em todo o mundo, assim como de muitos outros animais", acrescentou.
O genoma do pombo-bravo tem 17.300 genes, enquanto os seres humanos têm 21.000.
Jun Wang, do Centro de Pesquisas BGI-Shenzhen, na China, e cientistas da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, e do MD Anderson Cancer Center da Universidade do Texas (sul dos EUA), também participaram deste estudo.
Fonte: Band
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