Debaixo do Oceano Pacífico, duas pedras do tamanho de continentes
estão em rota de colisão à medida que se movimentam no fundo da Terra, a
2.900 quilômetros de profundidade.
Tal movimentação está criando um
poço de rocha derretida, do tamanho do território da Flórida, que traz
consigo a perspectiva de uma erupção vulcânica rara e de proporções
gigantescas, segundo alertam semismólogos da Universidade de Utah.
Em
reportagem publicada pelo diário inglês The Telegraph, os especialistas
dizem que o risco não é iminente. É provável que erupção ocorra entre
100 milhões e 200 milhões de anos.
As pilhas de rocha foram descobertas
nos anos 90, sob algumas das regiões de maior atividade vulcânica do
mundo, no Pacífico Sul e a África.
Mas um novo estudo de ondas sísmicas
capaz de gerar imagens do interior da Terra, à semelhança do que ocorre
com o raio X em humanos, revelou que essas duas grandes pilhas estão se
chocando.
Michael Thorne, sismólogo que liderou o estudo, disse ao
jornal inglês que “o que estamos possivelmente detectando é o início de
um desses grandes eventos de erupção que, se ocorrer, poderia causar
uma grande destruição em massa na Terra”.
Caso ocorra, o primeiro
efeito seria de escala semelhante a três erupções de Yellowstone dos EUA
ocorridas nos últimos dois milhões de anos, que cobrira de cinzas
grande parte da América do Norte. Ou então poderia resultar em erupções
de inundação de basalto o suficiente para enterrar regiões inteiras sob
rocha ígnea.
Os cientistas detectaram o movimento das placas
utilizando dados em 51 sismos ocorridos abaixo da superfície da Terra,
examinando mudanças nas ondas para detectar variações na rocha assentada
acima do núcleo do planeta.
Com simuladores de computador, eles foram
capazes de determinar a forma e tamanho das duas pilhas, além de
identificar "bolhas" de rocha de semifundida nas bordas.
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