A sonda Deep Impact da Nasa capturou imagens do cometa
Ison, que deve iluminar o céu da Terra até 2014 e poderá ser, devido ao
seu brilho, o "cometa do século", de acordo com estudiosos.
A Deep Impact fez as imagens ao se concentrar no cometa
em um período de 36 horas nos dias 17 e 18 de janeiro, quando o cometa
ainda estava a cerca de 763 milhões de quilômetros do Sol.
O corpo celeste deve passar muito perto do Sol em
novembro e, acredita-se, poderá ser visto a olho nu com um brilho
intenso na Terra, quem sabe até mesmo durante o dia.
O Ison já tem uma cauda de 64 mil quilômetros de
extensão, formada por poeira e gases, que ficará visível ao olho nu
ainda neste ano, e os cientistas pretendem aproveitar isso para estudar o
cometa.
"Esta parece ser a primeira viagem deste cometa para
dentro do Sistema Solar, e ele deve passar muito mais perto do Sol do
que a maioria dos cometas", afirmou o cientista Tony Farnham, da
Universidade de Maryland, nos Estados Unidos.
"Por isso, nos oferece uma nova oportunidade de ver como
a poeira e o gás congelados neste cometa desde o início de nosso
Sistema Solar vão mudar e evoluir quando for muito aquecido durante sua
primeira passagem perto do Sol."
A sonda Deep Impact foi lançada em 2005 e já conseguiu
um feito no estudo de cometas: em sua primeira missão, disparou um
projétil que atingiu o cometa Tempel-1 para estudar os destroços
liberados com o impacto.
Descoberta
O Ison foi descoberto pelos astrônomos russos Vitali Nevski e Artyom Novichonok em setembro de 2012. O nome dado foi o da instituição na qual os dois trabalham, a International Scientific Optical Network.
No dia 28 de novembro, ele deve chegar a uma distância não muito maior do que um milhão de quilômetros da superfície da estrela.
Se o cometa sobreviver a esta passagem, deve se afastar
do Sol ainda mais brilhante do que antes e poderá iluminar os céus da
Terra em janeiro de 2014.
No entanto, cometas são imprevisíveis, e o Ison poderá se desintegrar durante a passagem nas proximidades do Sol.
Fonte: Terra
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