Fósseis de um invertebrado com forma de falo lançaram luz sobre a
explosão de biodiversidade que a Terra viveu meio bilhão de anos atrás,
informaram cientistas canadenses esta quarta-feira.
Os restos de uma criatura de 10 centímetros, similar a um verme, foram encontrados em leitos de gás xisto no Parque Nacional Yoho, nas Montanhas Rochosas canadenses.
O sedimento data do Cambriano médio, período em que o número de espécies explodiu no nosso planeta e as formas de vida se tornaram mais complexas.
O animal, nomeado 'Spartobranchus tenuis', é um ancestral dos hemicordados, animais marinhos encontrados em lama e areia rasas, segundo o estudo, publicado na revista Nature.
Identificá-lo significa que um elo com o ecossistema marinho, uma classe de animais denominado enteropneusta, emergiu 200 milhões de anos antes do que se pensava.
Os entoropneustas se alimentam filtrando pequenas partículas de comida através de ranhuras nas brânquias.
Se a evidência fóssil estiver correta, o 'Spartobranchus tenuis' era tão abundante que sua alimentação pode ter ajudado a armazenar carbono - um fator importante nas complexas equações de aquecimento global e acidez nos oceanos - no leito marinho.
"É possível que o 'Spartobranchus tenuis' tenha desempenhado um papel importante em transportar o carbono da coluna d'água para os sedimentos no ambiente remoto do Xisto de Burgess", informou o biólogo Chris Cameron, da Universidade de Montreal.
Fonte: UOL
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