segunda-feira, 8 de abril de 2013

Arqueólogos espanhóis descobrem quatro tumbas do 2° Período Intermediário

Em Dra Abu el-Naga arqueólogos espanhóis do Proyecto Djehuty descobriram o sepultamento de quatro indivíduos que viveram no 2° Período Intermediário, durante a XVII Dinastia



Por Márcia Jamille Costa



Em Dra Abu el-Naga arqueólogos espanhóis do Proyecto Djehuty descobriram o sepultamento de quatro indivíduos que viveram no 2° Período Intermediário, durante a XVII Dinastia.


Uma das sepulturas pertence a um homem chamado Intefmose, o qual é identificado em sua tumba como “Filho do Rei” que de acordo com o arqueólogo José Manuel Galán, coordenador do projeto, poderia ser filho de Sobekemsaf. 


Seu sepultamento destaca-se por uma pequena capela construída com tijolos de adobe, erguida em frente a um poço de cerca de sete metros que leva até a tumba propriamente dita.


Uma passagem na câmara funerária de Intefmose leva ao sepulcro de um segundo individuo, um funcionário chamado Ahhotep, denominado como “porta voz de Netjen” (Hieracômpolis, em grego), uma das cidades mais antigas do Egito. 


Neste local foram encontrados três shabtis de barro pintado com inscrições que identificam Ahhotep como o seu dono. Acerca destes artefatos Galán declarou na nota oficial do Consejo Superior de Investigaciones Científicas (CSIC) [1]:


Dois destes shabtis se encontravam cada um dentro de pequenos sarcófagos de barro, decorados com uma inscrição em suas laterais e na tampa. 


O terceiro estava envolto em nove faixas de linho, como se se tratasse de uma verdadeira múmia e cada uma das faixas tinham restos de escritas em tinta negra. Estas figurinhas são de um estilo muito original e naïf, o que lhes dá um encanto especial e um caráter único ([1] tradução nossa).


 Shabts de Ahhotep. Foto: CSIC


 Sarcófago do garoto de cinco anos


 Um dos shabt de Ahhotep. Foto: CSIC


 Shabt envolto em bandagens de linho de Ahhotep. Foto: CSIC


 Sarcófago do garoto de cinco anos. Foto: CSIC


 Imagem do príncipe Intefmose encontrada em sua tumba. Foto: CSIC


Foi também durante esta temporada que o sarcófago de uma criança do sexo masculino de aproximadamente cinco anos e provável membro da realeza mais restos do acompanhamento funerário de um príncipe chamado Ahmose-sapair foram encontrados.


Estas descobertas estão firmando Dra Abu el-Naga como mais uma das necrópoles reais do Egito faraônico, mas estas pesquisas possuem mais significado por tratarem com artefatos datados do 2° Período Intermediário, uma época de grandes mudanças no poder centralizado dos faraós, que sofre considerável declínio com a tomada do Delta por parte dos hicsos. 


Estes estrangeiros determinam Avaris como a capital do seu reino, enquanto que paralelamente os nativos governavam o sul do país a partir de Tebas.





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