terça-feira, 2 de abril de 2013

Cientistas 'forçam' reprodução de sapo que é menor do que moeda

Sapo 'Atelopus limosus', em risco de extinção (Foto: Divulgação/Brian Gratwicke/Instituto Smithsonian)
 
 
Tamanho de espécime em comparação com mão humana (Foto: Divulgação/Angie Estrada/Projeto de Conservação e Recuperação dos Anfíbios do Panamá)
 
 
 
Centenas de girinos foram obtidos por reprodução em cativeiro. Espécie natural do Panamá está com habitat ameaçado, diz instituto.
 
 
Cientistas conseguiram 'forçar' o acasalamento entre exemplares de uma espécie de sapo, com tamanho menor de uma moeda, o que pode ajudar a salvar este anfíbio de um possível desaparecimento da natureza.


Nativos do Panamá, os Atelopus limosus são classificados como ameaçados pela Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).


Os pesquisadores do Instituto Smithsonian de Conservação e Biologia obtiveram centenas de girinos, nascidos de um par de Atelopus limosus que acasalou, e outros nove sapos saudáveis, mais próximos da fase adulta, nascidos de outro par.


Conseguir reproduzir o animal em cativeiro é uma raridade, afirma o instituto. "Estes sapos representam a última esperança de sua espécie", afirmou Brian Gratwicke, coordenador do Projeto de Conservação e Recuperação dos Anfíbios do Panamá, vinculado ao Smithsonian.


"Esta nova geração [de anfíbios] está servindo de inspiração para nosso trabalho", completou Gratwicke. Cerca de um terço das espécies de anfíbios no mundo estão em risco de extinção, de acordo com o Instituto Smithsonian.


O Panamá é um dos últimos refúgios para este tipo de animal. Atualmente o projeto conta com 65 sapos adultos da espécie, em dois padrões de cores. Cada espécie de anfíbio tem suas próprias características e necessidades de reprodução.


No caso, os cientistas tiveram que estudar as características reprodutivas do Atelopus limosus para que o projeto fosse bem-sucedido.


Para a IUCN, o habitat desta espécie de sapo está em declínio severo, e o animal atualmente pode ser encontrado numa área menor que 5 mil km².


"O desmatamento para o uso agrícola da terra e a construção de infraestrutura, assim como a poluição da água e o assoreamento dos rios, são as principais ameaçadas a esta espécie", ressaltou a instituição, em seu site.

 
 
 
Fonte: G1

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