A polícia chilena emitiu uma ordem de busca
internacional contra o suposto líder de uma seita religiosa acusada de
queimar um bebê recém-nascido no que seria um "ritual de cura".
Ramon Gustavo Castillo Gaete, que está foragido
desde fevereiro, teria sido visto pela última vez em fevereiro, antes de
viajar para o Peru para comprar plantas usadas para fazer ayahuasca, um
chá alucinógeno - o mesmo conhecido no Brasil como chá do Daime.
O pedido para a busca internacional foi feito pouco depois do anúncio
de que quatro integrantes da seita - entre eles, a mãe da criança,
Natalia Guerra - foram presos no Chile.
Maria del Pilar Alvarez, Carla Franchy, Natalia Guerra e David Pastene
Em um caso que chocou o Chile, o bebê de apenas
três dias foi jogado em uma fogueira em novembro, na localidade de
Colligua, supostamente porque os membros da seita acreditavam que ele
seria o "anticristo".
Acredita-se que Gaete se apresentava como uma
"divindade" para os outros membros do grupo e pregava que o mundo
acabaria em 21 de dezembro de 2012 - data que marca o fim do calendário
maia.
Segundo investigadores chilenos, ele teria
mantido relações sexuais com todas as mulheres da seita e pode ser o pai
do bebê assassinado.
Também teria sido Gaete quem convenceu Guerra a concordar com o "sacrifício" na versão de autoridades chilenas.
De acordo com Miguel Ampuero, vice-chefe da
Polícia Investigativa Chilena, o bebê nasceu em uma clínica de Viña del
Mar, mas nunca foi registrado oficialmente.
Autoridades começaram a procurar a criança e descobriram seu corpo carbonizado em uma casa usada pela seita em seus rituais.
Durante a cerimônia de sacrifício, os membros da
seita teriam consumido ayahuasca, usado há séculos pelos povos
indígenas da América do Sul.
Fonte: BBC
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