Arqueólogos que trabalhavam na restauração de uma fonte pública com 200 anos de idade em Jaffa descobriram uma inscrição misteriosa do período mameluco indicando a existência de uma mesquita até então desconhecida.
A inscrição em árabe do século XIV, foi encontrado numa laje de mármore transferida de outro local como material de construção para a fonte, situada ao lado da Torre do Relógio Jaffa.
O professor Moshe Sharon, da Universidade hebraica, traduziu a gravura, que descreve uma mesquita requintada construída durante o reinado do soberano mameluco al-Malik a-Din Barquq.
A laje tem duas inscrições paralelas. Grande parte do texto está dentro da parede da fonte, e apenas a parte saliente da mesma pode ser lida.
Barquq, um ex-escravo de extração circassiana, governou de 1382-1389, e novamente 1390-1399.
Os arqueólogos concluíram que uma vez que a laje foi inserida virada para cima, muito acima dos transeuntes, não foi detectada originalmente na fonte. Em vez disso, foi levada para Jaffa de outra cidade.
O problema é que os peritos não têm idéia de onde a placa com a inscrição e mesquita eram originalmente.
Yoav Arbel, da Autoridade de Antiguidades de Israel disse que desde que Jaffa foi destruída, em 1300, e ficou despovoada durante o reinado de Barquq, a mesquita não poderia ter estado em Jaffa.
A maior parte do mármore e da pedra usados na restauração de Jaffa depois da retirada de Napoleão, em 1799, veio das ruínas de Cesaréia e Ashkelon, mas «estas cidades foram destruídas pelos mamelucos mais de 100 anos antes do governo de Barquq», disse Arbel. A possibilidade de que uma mesquita extravagante estivesse numa delas não é realista.
A fonte, chamada de «Sabil Suleiman», foi construído em 1810 pelo governador de Jaffa Muhammad Agha, ou «Abu Nabut».
O trabalho de restauração na fonte está a ser realizado pelo município Tel Aviv-Jaffa, o Ministério do Turismo e IAA como parte de um plano plurianual para desenvolver o turismo em Jaffa.
Fonte: Diário Digital
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