quinta-feira, 27 de junho de 2013

Arqueólogos da Unisul exploram gruta da época romana em Portugal

Após as escavações do Bacelinho, o curso e as atividades conjuntas da Unisul e IPT retomarão com aulas teórico-práticas, saltando para o contexto brasileiro e sítios arqueológicos do Sul de Santa Catarina, culminando na exposição itinerante Praxis & Techne: Arqueologia Subaquática.


Um grupo de arqueólogos da Unisul está em Portugal para integrar uma equipe de investigação arqueológica. O destino é o Sitio Arqueológico da Gruta do Bacelinho, localizado em Alvaiázere, no centro de Portugal.


Os trabalhos de escavação, aprovados pela direção geral do Patrimônio Cultural, fazem parte de um conjunto de pesquisas sob a responsabilidade da arqueóloga portuguesa do IPT Alexandra Figueiredo, desenvolvidos sob o apoio do Laboratório de Arqueologia e Conservação do Patrimônio Subaquático, do Instituto Politécnico de Tomar (IPT), da Associação CAAPortugal e da Camara Municipal de Alvaiázere.


As equipes desenvolverão até setembro um curso avançado de mergulho científico e arqueologia subaquática que, além de aulas teóricas, integra a participação em trabalhos de escavação, quer em sítios arqueológicos portugueses, quer em brasileiros.

Um exemplo da participação e articulação conjunta das duas instituições é a campanha de escavação subaquática da gruta do Bacelinho, coordenada por Alexandra Figueiredo, do Laboratório de Arqueologia e Conservação do Patrimônio Subaquático, do Instituto Politécnico de Tomar e pela professora da Unisul Deisi Scunderlick Eloy de Farias, do Grupo de Pesquisa em Educação Patrimonial e Arqueologia (Grupep-Arqueologia).


A gruta tem cavidade com mais de 500 metros quadrados, possui duas galerias submersas onde serão realizados os trabalhos, que servem também como treino de estágio aos alunos da pós-graduação de Arqueologia Subaquática (www.ipt.pt).

Este curso, lecionado em regime presencial e a distância, de caráter internacional, tem tido uma extraordinária afluência de alunos e pesquisadores do Brasil, como são os investigadores do Grupep/Unisul ou da Marinha Brasileira.


“A arqueologia subaquática não pesquisa só naufrágios e é importante que os futuros arqueólogos tenham essa consciência e saibam como agir perante diferentes situações e contextos arqueológicos", destaca Alexandra.

Ela diz ainda que "a participação conjunta da Unisul e IPT nos trabalhos de campo permitirão enriquecer as pesquisas, sendo uma mais valia para o estudo da cavidade, que decorre desde 2011”, ressalta Alexandra.


A arqueóloga Deisi Scunderlick Eloy Farias explica que desta gruta já foi exumada uma grande diversidade de objetos cerâmicos, metais, fragmentos de recipientes em vidros, alguns elementos líticos e ossos faunísticos, que integram o período romano e a época medieval.

Entre os objetos destacam-se alguns artefatos de armamento romano, relativamente raros, incluindo duas espadas em ferro, que estarão expostas ao público no Museu Nacional de Arqueologia, explica Alexandra Figueiredo.

Para a arqueóloga Deisi, a expectativa desta escavação é grande. “Pretendemos encontrar mais evidências da exploração da gruta, assim como os seus utensílios e demais artefatos que compunham aquele contexto histórico”.



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